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Entretenimento e Cultura

"Depois do Universo", da Netflix, emociona e inspira mesmo sem inovar

O longa nacional repete a fórmula de obras do gênero, mas a poética do enredo e a química dos atores prendem e emocionam o espectador

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/ Instagram/ Henrique Zaga
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Fofo, meigo, acolhedor e, em alguns aspectos, até mesmo inspirador. Esses são alguns dos adjetivos que podem ser atribuídos ao novo filme da Netflix. "Depois do Universo" estreou nesta semana e já ocupa o top três dos longas mais assistidos da plataforma de streaming.

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A repercussão nas redes sociais também é positiva, em especial entre o público teen e os fãs de romance. O precoce sucesso para o filme nacional pode ser atribuído a diversos fatores, como a poética do enredo, a química dos atores e a boa sonoridade da trilha.

O filme, no entanto, não traz um modelo novo para o gênero. O romance dos protagonistas é cercado por problemas de saúde e se escora em padrões já conhecidos em outras obras, como "A Culpa é das Estrelas" e "Como Eu Era Antes de Você". Mesmo sem inovar, a história prende a atenção do espectador.

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"Depois do Universo" fala sobre sonhos e sobre como encaramos a vida. Nina (Giulia Be) é uma talentosa pianista que almeja um dia tocar na Orquestra Sinfônica de São Paulo.

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A paixão pela música, no entanto, precisa ser colocada de lado para que ela possa cuidar da saúde. Nina sofre de lúpus desde criança. A doença autoimune ataca o rim da jovem que precisa passar por sessões de hemodiálise enquanto aguarda na fila por um transplante. 

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Desanimada e vivendo a vida como se fosse "um copo vazio", ela acaba conhecendo o jovem Gabriel (Henry Zaga) ao acaso. Pouco depois ela descobre que o rapaz é médico e faz residência na equipe que cuida de seu tratamento. 

Ao contrário de Nina, Gabriel sempre encara a vida como "um copo cheio". O jeitinho meigo e sempre atencioso do rapaz instiga a moça a não desistir dos sonhos e, principalmente, viver, isto é, no sentido mais profundo da palavra.

Filme marca estreia da cantora Giulia Be; química entre elenco é destaque na obra

É inegável a química de Henry e Giulia em cena. A relação de "Copinho Cheio" e "Copinho Vazio" — apelidos dos personagens — arranca suspiros. Com uma vasta experiência como cantora, Giulia surpreende em sua primeira atuação nas telas.

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A atuação dos coadjuvantes também é boa e ajuda a conduzir a história dos protagonistas para onde ela precisa ir. O filme se prolonga em alguns momentos, mas nada que prejudique o encantamento da obra. 

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Diego Freitas, que assina a direção e roteiro junto com Ana Reber, precisa saudar toda a equipe de sonoplastas e fotografia. A edição do longa é um dos pontos de destaque para a obra.

Se você gosta de filmes do gênero, não pode deixar de assistir "Depois do Universo". Uma dica, se me permite o(a) caro(a) leitor(a), além da pipoca, assista ao longa com um lencinho do lado.

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