/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Entretenimento e Cultura

'Achei que levava segredo para o túmulo', diz Paulo Coelho sobre polêmica com Raul

A biografia de Raul Seixas sugere que o cantor entregou o escritor para militares durante a ditadura no Brasil

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Reprodução / Instagram
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Paulo Coelho usou suas redes sociais para se manifestar sobre uma nova polêmica envolvendo sua relação com Raul Seixas. Uma biografia do cantor sugere que Raul entregou Coelho para os militares durante a ditadura brasileira. "Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo", falou o escritor, retuitando uma matéria do jornal Folha de S.Paulo que se refere ao episódio.

Ao comentar um tuíte de um fã que propunha "cancelar" Raul (o termo usado na web quando fãs e colegas discordam da atitude de uma personalidade ou artista), Coelho ainda comentou: "Não faça isso. Eu vi os documentos que Jotabê me enviou, já tinha conversado com Raul a esse respeito (um dia que ele estava, digamos...) e águas passadas não movem moinhos".

Raul Seixas: Não Diga que a Canção Está Perdida, o novo livro do jornalista Jotabê Medeiros, tem lançamento previsto para o próximo dia 1º pela editora Todavia. Segundo a reportagem, o livro aponta, com documentação, uma incongruência entre datas e horários de depoimentos de Raul e Coelho ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) da ditadura militar. No dia seguinte à ocasião em que os dois compareceram à sede do órgão (e que Raul teve um encontro separado com os militares), Coelho foi preso e levado para um local onde sofreu tortura por duas semanas.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Embora o escritor não confirme a sugestão do livro, o biógrafo disse à Folha que Coelho "não tem a menor dúvida, hoje, após ver o documento, de que Raul o entregou".

Segundo a editora, o livro mostra a trajetória de como o garoto Raul, fã de Elvis, se transformou num ícone da cultura pop. A biografia fala sobre a vida dele na Bahia antes de mudar para o Rio no final dos anos 1960 e sobre o início do trabalho nas gravadoras cariocas, onde ele criava arranjos e produzia discos para músicos populares, bem como investiga a criação de clássicos da contracultura brasileira, como Maluco Beleza e Sociedade Alternativa, o alcoolismo e a figura que se ele tornou por conta da doença.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.