Thiago Lacerda fala sobre o talento da atriz Grazi Massafera
Thiago não poupa elogios à Grazi Massafera, com quem trabalhou há dez anos na novela Páginas da Vida. No folhetim, aliás, foi onde a atriz fez sua primeira personagem nas telinhas
Thiago Lacerda é realmente um camaleão! O ator fez uma curta participação na série Liberdade, Liberdade como o herói nacional Tiradentes e passou a ser um sujeito inescrupuloso dono de altos segredos na trama A Lei do Amor, que estreou na última semana. Mas a carreira de Thiago sempre foi assim, marcada por mocinhos e bandidos. E é por isso que em entrevista ao jornal Extra o ator deixou claro o que tem de diferente em Ciro, seu personagem na nova novela das nove.
- O interessante para mim é imaginar que Ciro é um cara legal, talentoso, inteligente, que batalha para ser reconhecido e que, em algum momento, fez escolhas que o levaram a um lugar do qual não consegue voltar atrás. Ciro representa essa crise moral e ética que vivemos. Ele é o tipo que considera que os fins justificam os meios, que vale tudo para chegar lá. É bastante imoral, antiético.
Tão antiético que o personagem aceitou a quantia de cem mil reais para se casar com Vitória, papel de Camila Morgado, com quem já trabalhou anteriormente.
- Essa relação com ela é um pouco por interesse, um pouco por pena. Talvez haja ali prazer, sexo, não sei. É curioso repetir o par romântico de A Casa das Sete Mulheres. Ela é uma atriz deslumbrante, divertidíssima, uma grande colega!
E assim como fez com Camila, Thiago não poupa elogios à Grazi Massafera, com quem trabalhou há dez anos na novela Páginas da Vida. No folhetim, aliás, foi onde a atriz fez sua primeira personagem nas telinhas.
- Acompanhei muito de perto o sofrimento dessa menina, querendo vencer, batalhando para conseguir o lugarzinho dela. Grazi passou por muito preconceito até ser reconhecida, e está num caminho interessante como atriz. Discutir se é bonita ou gostosa é dar linha na pipa errada. O carisma que ela tem não se adquire em academia. Nunca me preocupei se as pessoas me achavam bonito ou feio, bom ou mau ator. Sempre entrei em cena e dei o meu melhor. Uma maneira de lidar com o preconceito é passar por cima dele.
Mas o ator admite que, mesmo dando seu melhor, é difícil que o público torça a favor de Ciro.
- Não tem como, Ciro é bem errado. Mas se identificar com o personagem é muito possível. Ele está entre nós, é real. Não me inspirei em alguém de verdade para construí-lo, mas busquei referências ficcionais. A série House of Cards está cheia desses tipos. Ali tem pessoas interessantíssimas!