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Leona Cavalli e José Rubens Chachá vivem 'Frida Y Diego'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - Em setembro de 1985, o ator José Rubens Chachá passeava pelo México. Na mesma viagem em que viu, de perto, a obra de Diego Rivera, ele vivenciou o terremoto que atingiu 8,1 graus na escala Richter, destruindo, parcialmente, a Cidade do México. Era, talvez, um prenúncio do mergulho que o ator faria, anos depois, na vida intensa e na obra do artista. Ao lado da atriz Leona Cavalli, ele dá vida ao mais célebre casal mexicano em Frida y Diego, peça que estreia sábado, 11, no Teatro Raul Cortez.

A ideia inicial do diretor Eduardo Figueiredo, que concebeu o espetáculo, era retratar apenas Frida Kahlo. "Pensei nela porque queria fazer uma peça que falasse do universo feminino, mas com um toque um pouco mais profundo", diz. No entanto, ao encomendar o texto a Maria Adelaide Amaral, descobriu a relevância de Rivera nas vidas pessoal e profissional de Frida. "É impossível dissociá-los", diz a dramaturga. "A parte mais significativa da obra dela é inspirada pela relação que eles tiveram."

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Adelaide foi contatada em dezembro de 2012, quando, coincidentemente, acabara de voltar do México, em uma viagem dedicada à visita dos locais relacionados à história de Frida. Ela aceitou a encomenda com a condição de entregá-la após o término da novela Sangue Bom, que se aproximava da estreia. Durante este período, gestou - como a própria diz - a peça, lendo biografias sobre ambos e ouvindo muitos boleros mexicanos. "Ler correspondências é fundamental", diz. "É por meio das cartas que você fica sabendo de coisas fundamentais para o texto. A correspondência me dá uma essência mais intrínseca do personagem."

O enredo parte de 1940, quando, após ser liberada da prisão, Frida viaja do México a San Francisco, na Califórnia, para reencontrar Diego. É nesta ocasião que eles retomam os momentos importantes de sua relação, acertando contas e discutindo as mágoas recíprocas - entre elas, as únicas traições que realmente abalaram a vida de ambos: quando Frida se envolve com Leon Trotski e Diego com Cristina, irmã da artista. A ideia é mostrar o casal como humano, não como ícones. "A peça mata a sede de quem conhece a história deles, mas nunca olhou essa relação pela fechadura", define Chachá.

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A encenação segue até 1953, quando, no ano anterior ao de sua morte, Frida é homenageada com a primeira exposição de suas obras no México. O momento foi marcante porque, na impossibilidade de andar, a artista fez questão de estar presente, chegando em uma maca e recebendo admiradores em uma cama.

Essenciais nesta montagem, as músicas que integram a trilha foram indicadas já no texto. Segundo Adelaide, a trilha não tem apenas a ver com as cenas, mas com o estado de espírito da dramaturga no momento da escrita. Executadas ao vivo, as músicas casam baixo, banjo, acordeom e violão e ajudam a segurar a encenação, principalmente nos momentos em que os atores ficam ausentes para fazer trocas de figurino.

Como adiantou o jornal O Estado de S.Paulo, era Lucélia Santos quem, originalmente, viveria Frida. No entanto, ela abandonou o projeto para participar do quadro Dança dos Famosos, do programa Domingão do Faustão. Leona, então, assumiu o papel. "Uma das coisas que me encantaram no texto foi a possibilidade de trazer a cena para a atualidade", diz a atriz, que vê, na artista, um espírito de revolução necessário no mundo de hoje.

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Tanto Leona quanto Chachá já tinham interpretado personagens reais antes. Foi ela uma das primeiras Cacildas de Zé Celso e ele deu vida a Oswald de Andrade. "Fazer personagens reais pode parecer limitador, mas é o contrário", diz o ator. "Mergulhar na obra e encontrar, no fundo, o que é esse ser humano é muito inspirador." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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