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Entretenimento e Cultura

Dia do Rádio: radialistas do ES contam experiências

Veículo passou por diversas transformações ao longo dos anos, mas ainda conta com um público fiel

Redação Folha Vitória
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Foto: Everton Nunes
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Neste domingo, dia 25 de setembro é comemorado o dia do veículo que leva emoção, companhia, informação, utilidade pública e diversão aos ouvintes.

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Rádio para homenagear o nascimento de Roquette-Pinto, considerado o “Pai do Rádio Brasileiro”.

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A primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da Independência. Maravilhado com o acontecimento, Edgard Roquette-Pinto, um médico que pesquisava a radioeletricidade, fundou a primeira emissora de rádio do país em 20 de abril de 1923.

Em comemoração ao centenário do Rádio no Brasil, o Ministério das Comunicações realizou uma Consulta Pública e aprovou a proposta de oficializar a data de 25 de setembro como o Dia Nacional do Rádio.

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Ao longo das décadas o rádio passou por diversas transformações, mas ainda conta com um público fiel. A era digital abre novas possibilidades para o meio de comunicação, melhorando o alcance, a portabilidade e a qualidade técnica das transmissões. Apesar das mudanças, o rádio mantém a essência de levar informações e diversão, e a capacidade de se conectar com o público.

Eduardo Santos, apresentador do Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/ RecordTV, atuou como radialista por muitos anos e conta como foi o começo da história no jornalismo.

Foto: TV Vitória

“Minha trajetória no rádio começou em 1978, quando eu tinha 13 anos e, com meu primeiro salário, comprei um gravador e gravava os jogos do time do meu bairro. Um dia o jornalista Ruy Monte estava no campo e me viu gravando e entrevistando os jogadores. Ele me pediu a fita e levou para o diretor da Rádio Capixaba que gostou e me chamou para fazer um teste. Ali eu fiquei, me profissionalizei e passei por diversas emissoras de rádio desde então”.

“Minha paixão pelo rádio vem desde criança, desde pequeno já sonhava em ser radialista, locutor. Gostava de ouvir os grandes narradores e tenho eles como referência. Quando era criança brincava de narrar futebol e jogo de botão”.

Sobre o futuro do rádio, ele defende que o veículo está longe de acabar.

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“Quando a TV chegou no Brasil todo mundo disse que o rádio ia acabar, e pelo contrário, o rádio não acabou pois apesar do alcance da televisão, ele tem um alcance muito maior e chega em lugares que a TV não chega. O rádio nunca acabou e, na minha opinião, nunca vai acabar. Ele conseguiu se reinventar e mesmo com o advento da internet não acabou. A internet ajudou a propagar ainda mais o rádio. O futuro do rádio é promissor!”.

Patrícia Scalzer, editora-chefe e apresentadora da Rádio Jovem Pan News Vitória fala da importância de estar presente na internet:

Foto: Instagram/@Patrícia_Scalzer

“Não acredito que o rádio vai acabar. Ele já está se adaptando às novas plataformas de comunicação, como a internet, e esse processo de transformação vai continuar. Hoje temos ouvintes que acompanham a programação da Pan News Vitória de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e até dos Estados Unidos, isso graças à internet. Em qualquer lugar do mundo é possível nos ouvir, seja pelo aplicativo ou no site. Quem trabalha nessa área precisa estar atento a essas transformações e agregar ao rádio esses avanços”.

Serjão Nascimento, locutor e coordenador artístico das rádios da Rede Vitória, contou sobre a paixão pelo rádio:

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“O rádio é o veículo mais democrático que existe. O único que não te exige atenção absoluta. Você pode fazer tudo enquanto se informa ou se entretém através do rádio, isso é o seu maior diferencial. O rádio não depende de tela; sua comunicação é direta, precisa... e pelo fato de não ter a imagem, ele tem que ser uma comunicação melhor elaborada para prender a atenção da audiência, e esse exercício diário do formato é apaixonante”.

Serjão destacou ainda os fatores que fazem do rádio um meio de comunicação tão presente:

“No rádio você conta com uma audiência ativa, que vive na correria do dia a dia, e que precisa consumir conteúdos sem estar grudada em uma tela. Sem contar no fator de utilidade pública. Nas grandes tragédias, nas guerras, quando a energia acaba, quando as telas se apagam, sempre terá um radinho de pilha ou no carro onde a população vai ser orientada através dele. O rádio nunca vai deixar de ser absolutamente necessário!”.

Texto de Maria Leandra, aluna de Jornalismo da 1ª Residência da Rede Vitória, sob supervisão de Thamiris Guidoni

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