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Entretenimento e Cultura

Juíza coloca youtuber no banco dos réus por racismo em razão de posts no Twitter

O youtuber Julio Cocielo está sendo acusado de racismo por postagens feitas no Twitter entre os anos de 2011 e 2018; o crime de racismo é imprescritível

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
audima
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Foto: Reprodução / Instagram
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A juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo e colocou no banco dos réus o youtuber e influenciador digital Julio Cesar Pinto Cocielo por crime de racismo. A Promotoria aponta que Cocielo "praticou e incitou a discriminação e preconceito" em razão de publicações feitas entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018 em seu perfil no Twitter.

O crime de racismo é imprescritível e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, mais multa.

A decisão que recebeu a denúncia contra Cocielo foi proferida no último dia 8.

Para a Promotoria, Cocielo "reforça os estereótipos contra os negros numa mídia de largo alcance sua atividade profissional e sua fonte de renda, contribuindo de modo eficaz para a incitação e proliferação do racismo e de todas as suas consequências psíquicas, sociais, culturais, econômicas e políticas".

A denúncia assinada pela promotora de Justiça Cristiana Steiner registra diferentes publicações de cunho racista feitas por Cocielo, entre elas uma que fez com que o youtuber perdesse diferentes patrocínios. Na ocasião, ele escreveu em seu Twitter: "Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein".

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Em outro trecho da peça de acusação a Promotoria ressalta ainda que Cocielo "demonstra plena consciência do caráter racista das suas publicações, agindo com descaso para com as instituições repressivas e certo de sua impunidade".

Com a palavra, Julio Cocielo

Até a publicação desta matéria, a reportagem havia feito contato com a defesa, sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

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