'Um suspense que transgride o gênero'
Entrevista com o ator Gilberto Gawronski:
A Ira de Narciso é como um suspense. Qual sua primeira impressão ao ler o texto?
O suspense está presente no texto, mas a peça mesmo que apresentada como um thriller transgride o gênero e fala do homem contemporâneo.
A ideia de autoficção no palco e o mito de Narciso também têm a ver com o ofício do ator, que vive dramas seus e dos outros?
Creio que Sergio Blanco metaforiza com seu texto não só o ator, mas todas as expressões artísticas.
O autor acredita que criar um pacto com a plateia reforça o funcionamento da autoficção. Como construir isso com o público?
Tento sempre estabelecer um contato individual com todos os espectadores. A verdade não está nos fatos que são narrados, mas no ato de narrá-los. A história não se dá pelo papel que interpreto, mas pelo que estou relatando.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.