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Cristiano fala sobre depressão de Zé Neto e se abre sobre momento difícil: Jamais me perdoaria se perdesse o Zé

Estadão Conteudo

audima
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Cristiano, da dupla com Zé Neto, fez um desabafo na última sexta-feira, dia 23, sobre a decisão de fazer uma pausa de 90 dias na agenda de shows. Como você viu aqui, Zé foi diagnosticado com depressão e focará em seu tratamento pelos próximos meses.

Ao começar a publicação, Cristiano fez uma reflexão sobre a doença:

Depressão é o câncer da alma. É algo que leva a morte, mesmo sem aparecer em nenhum exame. É uma doença que não escolhe, cor, raça, gênero ou classe social. Ele vem quando menos se espera, ela não tem uma causa determinada, ela vem de uma somatória, e principalmente por preconceito de terceiros e de si mesmo, por não assumirmos que estamos doentes, que precisamos de ajuda, sorrir mesmo destruído por dentro pra tentar mostrar estar bem, afinal não aceitamos nos sentir moles, fracos e vulneráveis, somos treinados a nos importar mais com a opinião alheia do que com nosso bem-estar físico e mental. Ela afeta quem não se aceita como é, afeta quem não sabe lidar com a perca, com quem não se satisfaz, com quem se perde no caminho e não sabe em que momento se perdeu, não aceita ter uma vida perfeita, ainda, sim, adoecer!

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Em seguida, Cristiano relatou os momentos difíceis que passou ao lado do companheiro de palco, que luta contra a doença há anos:

Luto com o meu irmão a quase 4 anos, tentando de toda forma ajudá-lo a se levantar, convivendo com isso, sofrendo com isso, sem poder falar a verdade, sem poder pedir socorro, eu sei o que vivi nesses 4 anos como ninguém. O zé me chama de irmão mais velho, e eu sempre me senti na obrigação e por amor cuidar dele durante esses quase 15 anos de carreira. E não existia mais saída, não tinha opção, era preciso parar, dar um tempo. Eu não me importo com a fama, com o desaparecimento da dupla, do esquecimento, eu me importo com quem eu amo! Jamais me perdoaria se perdesse o Zé, pois eu prometi quando tudo isso começou, que daria até minha última gota de sangue por ele, e garanto que estou cheio de sangue.

E continua:

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Ele estava bebendo? Sim, muito, exageradamente, mas quando se esta doente, alguma coisa precisa anestesiar aquela dor pra se seguir em frente. Alguns caem nas drogas, outros no álcool, outros no suicídio. Conseguimos parar a tempo de não evoluir para fim trágico. Eu tirei um espinho da garganta, de sempre ter que fingir que ta tudo bem, quando não está… Se eu deveria estar triste? Não sei, o que sei, que estou feliz e aliviado por finalmente isso ser tratado da maneira que deve. Em 15 anos de carreira, quase, nunca nada foi fácil pra mim e pra ele, sempre vivemos de superação, e dessa vez não vai ser diferente. Voltaremos fortes como sempre. Agora fica um breve Adeus.

Melhoras para Zé Neto, não é?

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