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Entretenimento e Cultura

Roteirista do 'Zorra' diz que Congresso monitora trabalho de quem faz humor

"A gente coloca lente de aumento nos fatos de interesse público e ajuda, de forma menos dura, a enxergar a realidade", disse

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Durante entrevista ao programa Conversa Com Bial, Marcius Melhem, um dos roteiristas do Zorra e Tá no Ar, e o ex-diretor do Casseta & Planeta, Urgente!, José Lavigne, compararam o humor político que era feito antigamente com o atual. Ambos relataram na quarta-feira, 22, que é muito desafiador fazer sátiras no século 21. "Gravamos um episódio do Zorra em Brasília e não tivemos acesso a nada. Eles pediram o texto com as piadas para aprovação e a gente não mandou", contou Melhem. Segundo o artista, o Congresso monitora o trabalho daqueles que fazem humor: "A gente coloca lente de aumento nos fatos de interesse público e ajuda, de forma menos dura, a enxergar a realidade".

José Lavigne dirigiu um dos programas humorísticos mais ácidos, depois do TV Pirata, nos anos 90. Ele lembra que os políticos faziam fila para serem entrevistados no Casseta: "Nas sátiras, a gente só não podia falar o nome real, então, Itamar Franco virava Devagar Franco, e o Collor, Cheirando Collor de Mello".

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