Marcos Mion abre o jogo sobre paternidade e dispara: - Quem não está presente, não pode dar opinião
Mion quase cria um manual para pais e coloca em discussão a importância da dedicação do tempo e cuidado na hora de educar os filhos
Aos 39 anos de idade, pode-se dizer que Marcos Mion alcançou o sucesso. Com mais de oito milhões de seguidores no Instagram, 600 mil inscritos em seu canal no YouTube e prestes a tomar conta de um dos realities mais polêmicos da televisão brasileira, A Fazenda, ele com certeza é uma daquelas figuras que, antes dos 40, conseguiu deixar sua marca. E pelo jeito ainda é pouco.
Mion apresenta as virtudes de um bom geminiano, o dom de ser multitarefas, se reinventar, buscar o novo... E foi assim que ele mostrou uma nova, e surpreendente, faceta no lançamento do livro Pai de Menina, na última terça-feira, dia 7, em São Paulo. Talvez, para você não seja algo realmente novo, até porque o apresentador não esconde o orgulho de ser pai de Donatella, Romeo e Stefano. Ou então, o fato de ser um escritor, já que ele comoveu milhares de pessoas com o livro Escova de dentes azul, no qual fala a respeito das lições que já aprendeu com seu filho que é autista.
Porém, como já destacamos, estamos falando de um geminiano nato. Marcos Mion se reinventou e trouxe à tona um outro lado, não só de pai, mas como pai de uma menina!
Muito se diz quando o assunto é paternidade: proteger, educar, estar presente; tarefas que nem sempre são fáceis, e muitas vezes são deixadas de lado. A situação fica ainda mais complexa quando, no universo masculino, entra em cena uma filha. E é em cima dessa experiência que o galã busca passar uma mensagem:
- Eu acho que a grande maioria dos homens tem uma facilidade, um instinto de criar meninos. Muitos pais até desejam que seus filhos nasçam meninos, porque é mais orgânico, é aquela coisa do homem, de jogar bola e etc. O livro tem o objetivo de fazer com que os pais acreditem que eles podem estender para a filha o mesmo instinto, a mesma intuição, o mesmo carinho.
E não é só por meio de palavras que ele fala sobre o assunto. Na última noite, ele deixou de lado o apresentador e, ao lado da filha, que o ajudou a autografar os livros, deu uma aula sobre o que é ser pai e, ao mesmo tempo, companheiro!
- Eu escrevi um livro para que os pais consigam construir essa relação, que é a mesma relação que eu construí com a Donatella. É uma relação de muita entrega, de muita confiança. O livro serve para isso: dar coragem para esses homens se assumirem mais presentes e mais sensíveis.
Claro que nem tudo são flores no momento de educar seus herdeiros, principalmente quando se trata de uma menina. Não é novidade que vivemos em um mundo em que a desigualdade de gênero é um fato, quando mulheres ganham menos que os homens e acabam tendo menos oportunidades. Mas Mion não se esquiva, e trata o assunto com seriedade:
- O movimento que a gente está vivendo hoje é muito importante para mulheres que estão há décadas sofrendo. A própria condição de serem mulheres na sociedade, com salários menores, piores condições... A gente sabe que acontece, e se acumula ao longo das décadas. Então, para essas mulheres, é necessário um tratamento de choque mesmo, precisa mudar isso agora, custe o que custar.
Já em relação aos seus filhos, a palavra de ordem é igualdade e respeito!
- Eu acredito no equilíbrio, eu acredito na balança, então o que eu faço para ela, eu falo para ele. Trato os dois, não alertando que ela tem que lutar pelo seu espaço, mas deixando claro que ela tem o mesmo espaço que ele, desde que eles nasceram. É a hora de botar isso na cabeça deles, para que possam crescer livres de preconceitos, de diferenças, desigualdades de sexo, raça, credo, seja lá o que for.
Mion quase cria um manual para pais e coloca em discussão a importância da dedicação do tempo e cuidado na hora de educar os filhos, já que eles serão o futuro. Ao final, após três experiências, ele dá uma dica aos pais de menina:
- Seja presente, esteja lá, esteja do lado... Quem não está presente não pode dar opinião, não é lembrado! Você não vai fazer parte da memória da sua filha, sua filha não vai fazer parte da sua vida. E aí eu viraria para mãe e diria: Deixa ele participar, fazer as coisas, trocar as fraldas, se virar! Ele pode nem fazer exatamente como a mulher gostaria, mas vai fazer do jeito dele, e ele é pai, é legal!