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Entretenimento e Cultura

52% dos homens admite já ter falhado durante sexo, aponta pesquisa

63% estão satisfeitos com o tamanho do pênis, enquanto 26% estão parcialmente satisfeitos e 8,1% estão insatisfeitos com as próprias medidas

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: Freepik
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Ingrid, participante do Casamento às Cegas, da Netflix, relatou que sofreu importunação sexual durante o casamento com Leandro Marçal, com quem não tem mais um relacionamento. 

A arquiteta gravou um vídeo quebrando o silêncio e contou mais sobre a situação. 

Leia também: Ingrid, do Casamento às Cegas, se pronuncia após acusação de importunação sexual

A participante começou falando sobre a relação deles e que não deseja para ninguém o que aconteceu com ela:

"Sei que vocês estavam esperando um pronunciamento meu e preferi vir aqui o quanto antes, dentro da medida do possível e do meu psicológico. Não desejo isso para absolutamente ninguém! Nem mulher, nem homem e nem criança. Eu não desejo isso para ninguém, tá? A minha relação com o Leandro foi uma relação que se originou no programa Casamento às Cegas."

52% dos homens admite já ter falhado durante sexo

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Cerca de 52% dos homens brasileiros afirmam já ter enfrentado dificuldades para manter a ereção durante a relação sexual, segundo uma nova pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

Ainda de acordo com o estudo, 63% estão satisfeitos com o tamanho do pênis, enquanto 26% estão parcialmente satisfeitos e 8,1% estão insatisfeitos com as próprias medidas.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores entrevistaram mais de 1,5 mil homens com idade acima dos 40 anos, em sua maioria casados, e representantes de todas as regiões do Brasil. 

As informações foram coletadas via questionário disponibilizado no aplicativo do Instituto de Pesquisa Ideia, e a divulgação dos dados integra a campanha "Julho Azul Celeste", criada pela SBU para esclarecer temas da saúde masculina, incluindo a sexualidade.

"Falhar na hora H" é preocupante?

Ter dificuldade de ereção é um medo que acompanha muitos homens. Mas nem sempre vivenciar uma ocorrência do tipo significa que há problemas, como um quadro de disfunção erétil, popularmente chamado de impotência sexual.

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Conforme indicado pela pesquisa, esse é um tipo de evento comum entre os brasileiros, especialmente após os 50 anos. No estudo, 63% dos homens que admitiram já ter enfrentado a situação durante o sexo têm idade entre 55 e 59 anos.

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De acordo com Luiz Otavio Torres, presidente da SBU, independentemente da idade, os motivos que levam a esse tipo de ocorrência esporádica normalmente são psicológicos, como ansiedade e preocupações quanto à performance sexual.

A "falha" requer maior atenção quando acontece de forma frequente. Nesses casos, o ideal é consultar um médico urologista para receber uma avaliação adequada, diz Torres. O especialista explica que não há um número exato ou intervalos entre os episódios de dificuldade de ereção que sirvam como referência, por isso é importante estar atento ao próprio corpo e buscar entender se há algo de diferente.

Disfunção erétil: o que é, causas e tratamento

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A disfunção erétil pode ser definida como a incapacidade de alcançar ou manter a ereção adequada para uma relação sexual satisfatória.

Para entender por que isso ocorre, é importante reconhecer que a ereção masculina é um processo complexo. Os nervos e neurotransmissores do cérebro enviam sinais para as artérias penianas, fazendo com que se dilatem e relaxem, permitindo que o pênis se encha de sangue e, então, inche.

Por sua vez, a disfunção se origina a partir de situações diversas, definidas como orgânicas ou psicológicas. Entre as primeiras estão, por exemplo, fluxo sanguíneo limitado, impulsos nervosos do cérebro que não chegam ao órgão ou dificuldade de o genital reter o sangue.

Os fatores de risco para esses problemas incluem tabagismo, sedentarismo, obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes e uso de alguns medicamentos. Segundo o estudo da SBU, a falta de atividade física é o problema de saúde mais popular entre os respondentes (26%), seguido pela pressão alta (24%).

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Já entre os fatores psicológicos estão a ansiedade, depressão, estresse, problemas no relacionamento amoroso e o próprio medo de falhar, chamado de "temor de performance".

Assim como há várias causas para a disfunção erétil, os tratamentos também são diversos. Há medicamentos orais, que devem ser tomados por volta de uma ou duas horas antes do ato sexual; dispositivos de ereção a vácuo; e a injeção-intracavernosa, que dilata as artérias do pênis.

Cuidar da saúde física e mental também é fundamental. São indicadas mudanças nos hábitos alimentares, reduzindo a ingestão de alimentos com elevado teor de gordura ou processados, a manutenção de um peso corporal saudável, além de parar de fumar, dormir mais e praticar exercícios físicos.

Insatisfação com as medidas do pênis

O estudo da SBU também aponta que há dúvidas entre os homens acerca do que é considerado um pênis de tamanho normal, questão que pode gerar uma série de sentimentos negativos.

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Para esclarecer o tema, o relatório reúne estudos sobre as medidas. Segundo as pesquisas, um pênis de cerca de 13 cm ereto e 9 cm em repouso pode ser considerado na média. Tamanhos entre 10,5 cm e 17,5 cm em ereção também são avaliados como normais entre os brasileiros.

Nem todos, porém, estão satisfeitos com as medidas. Cerca de 13% dos participantes declararam que, apesar de satisfeitos, gostariam de alongar o órgão; 4% desejariam engrossá-lo e 9% gostariam de ambas as mudanças. Outros 3% dos respondentes disseram estar insatisfeitos, mas afirmaram que não fariam nada para alterar o órgão, enquanto 5,1% indicaram insatisfação e desejo de mudanças.

Para a médica Karin Anzolch, da SBU, chama atenção o fato de uma parcela dos participantes, embora satisfeita, querer engrossar ou alongar o pênis, com a maioria desejando ter um órgão mais longo do que calibroso. 

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Segundo a urologista, essas informações indicam a influência de padrões estéticos nas percepções dos participantes e como o pênis é um órgão de identificação muito forte para os homens.

Frequência de relações sexuais

O estudo traz ainda dados sobre a regularidade das relações sexuais. Três em cada dez respondentes afirmaram ter relações sexuais com uma frequência de três ou mais vezes por semana, e dois em cada dez assinalaram duas vezes por semana.

Sobre o grau de preocupação com a vida sexual, 62% dos participantes afirmaram que almejam manter uma boa vida sexual, e o percentual aumenta na faixa etária de 40 a 44 anos (67%). Já 27% explicaram que a preocupação é mediana, assinalando a opção "gosto da vida sexual, mas não acho a coisa mais importante para mim".

Para Torres, a coleta dessas informações é importante para mostrar aos homens, que frequentemente têm percepções negativas sobre si ou seus relacionamentos, que eles estão dentro dos padrões da maioria da população, aliviando possíveis sofrimentos.

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"Muitas vezes, a pessoa acha que possui um problema, mas não tem. Quando demonstramos esses dados, ela pode ver que está dentro normalidade e não sabia", explica.

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