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Entretenimento e Cultura

O Conto da Princesa Kaguya baseia-se num relato tradicional japonês

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - Sucesso na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, O Conto da Princesa Kaguya foi indicado para o Oscar e ficou entre os cinco finalistas da categoria no prêmio de animação da Academia de Hollywood em 2015. Perdeu para Operação Big Hero, da Disney. É uma produção dos estúdios Ghibli, do lendário Haya Miyazaki. O próprio diretor Isao Takahata é outra lenda da animação japonesa - do chamado 'anime'. Faz trabalhos de grande beleza e delicadeza.

O Conto da Princesa Kaguya baseia-se num relato tradicional japonês. Teve versões para mangá e cinema. A história tem similaridades com vários contos ocidentais. Lenhador que vive com a mulher, e o casal não pode ter filhos, encontra menina liliputiana dentro de uma flor de bambu - é curioso que as circunstâncias de mercado façam com que a princesa Kaguya entre em cartaz simultanemente com Homem-Formiga, embora num circuito muitíssimo menor. Ambos são heróis 'liliputianos'. Ela cresce para se transformar numa linda moça que é disputada por cinco nobres, entre eles o próprio imperador. Mas não consegue se decidir por nenhum ou, na verdade não está interessada em nenhum. E, para mantê-los a distância, faz pedidos impossíveis, senão difíceis de realizar. Mas Kaguya não poderá mantê-los sempre longe, e é o problema.

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Como Miyazaki, Takahata é uma referência no mundo da animação. Os próprios animadores o idolatram. Para o público, especialmente o infantil, poderá ser uma surpresa. Encontram-se em cartaz outras animações, que seriam, digamos, mais mainstream. Divertida Mente, de Pete Docter, da Pixar, entrou muito bem, seduzindo adultos (talvez mais) e crianças, mas não resistiu ao rolo compressor de Minions. O filme sobre os diabinhos amarelos, que amam um malvado, caiu na graça da criançada. Os pequenos, e vale para meninas como meninos, fazem o maior alvoroço nas sessões. É uma risada só. Uma risadaria.

Princesa Kaguya dificilmente poderá aspirar a essa facilidade de comunicação, e a essa massificação, até porque entra com muito menos cópias. Mas além de a história ser muito atraente - ora intimista, ora movimentada -, o partido estético do diretor Takahata é muito elegante. Sua animação se assemelha a um mangá. E possui características muito especiais, porque é como se fosse toda ela feita de aquarelas delicadamente impressionistas (e inacabadas de propósito). Um exemplo aproximado, mas não exatamente igual, seria o cultuado Lineia no Jardim de Monet, que tanto sucesso fez no mercado alternativo brasileiro.

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Como muitos diretores de animação, Takahata não sabe ou não gosta de desenhar. Mas possui uma imaginação muito rica, e ela se libera nas imagens e sons de seus filmes. Miyazaki diz que Takahata é um estudioso e pensa o cinema musicalmente. Princesa Kaguya é um belo filme. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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