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Entretenimento e Cultura

Nova série do GNT revela dores e encantos de relacionamentos não monogâmicos

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio de Janeiro - Aline, que namora Léo, e também namora Daniel, que namora ainda Salete, que é amiga de todos. E Marília, e Bruno, e outros integrantes da rede de afetos, companheirismo e liberdade, intransigente com ciúmes, preconceitos e cerceamentos. Todos são apresentados em "Amores Livres", série documental que o GNT estreia em 5 de agosto.

Em dez episódios, o programa, dirigido pelo documentarista João Jardim, traz ao espectador o universo desconhecido do "poliamor", vivenciado com naturalidade diante de filhos, pais e amigos. São mostrados relacionamentos abertos, troca-troca de casais e "trisais" (casais com três integrantes).

Aline, Léo, Daniel, Salete, Marília e Bruno são jovens de São Paulo que descobriram ser felizes nos amores sem amarras. Fazem disso uma bandeira política. Não querem relacionamentos avulsos e superficiais, preferem namoros transversais, em nada possessivos, mas com comprometimento. O casal inicial era formado por Aline e Léo, que namoraram num esquema tradicional por três anos. Até chegar Daniel e, depois deles, os demais membros, hoje militantes do coletivo Rede Relações Livres.

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"A gente não se apropria das pessoas com quem escolhe se relacionar. Quando vejo que ele fica radiante de conhecer alguém, eu também fico", disse Aline. "Não existe a necessidade de você ter relação com os parceiros dos seus parceiros, mas é legal ter, para ver que eles não rivalizam com você", continua Salete. "Como militante das relações livres, a gente não considera legítimo dizer o que o outro pode fazer com seu corpo. Isso é uma forma de opressão", define Léo.

"Nunca tinha ouvido o termo 'poliamor', descobri um novo mundo. São pessoas que experimentaram a monogamia e resolveram ter múltiplos afetos, por achar que uma única pessoa não dá conta de tudo que desejam. Mostramos como se dá na prática: há ciúme? Gera estranheza? Há casos de mulheres que não toparam participar por medo de perderem a guarda dos filhos", disse João Jardim, que encontrou personagens entre 20 e 60 anos no Rio, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Buenos Aires.

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Cada episódio tem suas particularidades. O primeiro, do "trisal" de Porto Alegre Fada, Bardo e Aline, mostra como crianças entram nessa configuração. Casados há 12 anos, os músicos Fada e Bardo têm duas meninas e Aline é namorada dos dois, e também de cada um individualmente. Se a filha mais nova tem febre, é para Aline que ligam para que a criança seja acudida. "Somos três pessoas que se amam e que querem ficar o máximo do tempo juntas. Quanto mais amor, melhor", afirmou Fada. O marido, que precisou fazer um "trabalho de desconstrução" do paradigma da monogamia para convencer a mulher a abrir a relação, diz que "nasceu poli". Aline chora ao falar da discriminação que sofre por sua escolha: "Ninguém que conheço entendeu, tem pressão de todos os lados. Dói".

De Minas vem o "trisal" de meia-idade Eustáquio, Audhrey e Rita. Os dois primeiros eram casados e se separaram. Ele se casou então com Rita. Mas quando Audhrey reapareceu, dizendo que o amor perdurava, passaram todos a morar na mesma casa. As semanas de dormir com Eustáquio são alternadas, e não há relação sexual entre as duas mulheres, que se fizeram amigas irmãs. "Eu não imagino mais minha vida com ele sem ela, não faz sentido", disse Audhrey. A harmonia é tamanha que há cinco anos o trio firmou em cartório uma escritura pública de união estável poliafetiva, que lhes assegura direitos civis, como pensão do INSS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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