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Entretenimento e Cultura

The Strypes é atração musical da 19ª edição do Cultura Inglesa Festival

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O jeitão de bad boys, cheios de marra, pode disfarçar, mas acredite: os integrantes do Strypes têm menos de 20 anos - isso, mesmo, eles nasceram depois que a seleção brasileira foi tetracampeã mundial de futebol, em 1994. Com um disco lançado em 2013 e outro prestes a chegar por aí (com lançamento previsto para o próximo mês), contudo, Josh McClorey, Ross Farrelly, Pete O’Hanlon e Evan Walsh não querem ser julgados pela (pouca) idade que têm.

Com admiradores famosos, uma sólida base de fãs e boas críticas, o quarteto criado na cidadezinha chamada Cavan, no extremo norte da Irlanda, com 10 mil habitantes, encerra a primeira turnê da vida no Brasil. Depois de desbravarem territórios na América do Norte, Oceania e Ásia, chegam a São Paulo como parte das atrações da 19ª edição do Cultura Inglesa Festival, realizado entre os dias 4 a 21 de junho.

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É no último dia de evento, num domingo, que é organizado o festival de música, de fato. Além de Strypes, apresentam-se no Memorial da América Latina, em São Paulo, a paraense Gabi Amarantos, recriando clássicos da música britânica, e o ícone indie Johnny Marr, em turnê com o segundo disco solo da carreira de mais de três décadas de bons momentos, principalmente no início, como uma das mentes criativas do Smiths. Enquanto Marr representa a velha-guarda do rock inglês, o Strypes mostra o que há de mais novo.

O Strypes mergulha no blues rock norte-americano dos anos 1960 e o repagina para os dias atuais, como tantas outras bandas o fizeram ao longo das décadas (como Rolling Stones e Led Zeppelin). Os trunfos estão no jeito debochado de Farrelly cantar, uma versão mais jovem e displicente de Alex Turner, do Arctic Monkeys, e na bateria incessante e acelerada de Walsh.

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O primeiro álbum, chamado Snapshot, traz bons momentos, como nas canções Blue Collar Jane, Mystery Man, I Can’t Tell. A presença de alguns covers, como I’m A Hog For You Baby e Heart of the City, chegou a ser criticada, embora exerça a função de escancarar as referências do quarteto. "Nenhuma banda pode agradar a todos, sabe?", diz O’Hanlon (baixo e segunda voz).

O EP Flat Out, lançado no ano passado, mostrou o amadurecimento sonoro do grupo, a ser escancarado no segundo disco, Little Victories. "Será muito mais poderoso", conta o baixista, sem muitos detalhes. A canção de Willie Dixon, You Can’t Judge a Book by the Cover, entrou no primeiro álbum, mas ainda mantém o espírito da banda. Eles não ligam se são novos demais ou se criticam suas referências. Os fãs ardorosos, e tão jovens quanto eles, também não. "Somos uma banda que cresce junto com aqueles que gostam da gente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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