O Amazonas está azul! Boi Caprichoso é o grande vencedor do festival folclórico de Parintins. Veja fotos!
O Boi Caprichoso ganhou todas as noites do festival. A disputa foi acirrada até o último quesito avaliado por julgadores. Mais de 60 mil turistas visitaram a ilha Tupinabarana
O Boi Caprichoso foi o grande vencedor de um dos festivais folclóricos mais tradicionais do país, o Festival de Parintins. Segundo estimativa do governo do Estado do Amazonas, mais de 60 mil turistas do Brasil e estrangeiros visitaram a ilha Tupinabarana neste fim de semana. O Boi Caprichoso foi o vencedor da primeira e segunda noite. No final o boi azul ficou com 1.254,3 pontos, contra 1.241,8 do vermelho.
O Boi Garantido foi o primeiro a entrar na arena do Bumbódromo, nos dois dias de festa. A agremiação falou da vida na floresta, destacando figuras típicas regionais, entre elas os coletores da Amazônia, que buscam na natureza a forma de sustento.
Sem chuva, o Caprichoso foi o primeiro boi a se apresentar no sábado (27). O espetáculo foi marcado pela religiosidade, com homenagens à Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins. Ao som de “Nossa Senhora”, música de Roberto Carlos, Davi Assayag, levantador de toadas do Caprichoso, emocionou a arquibancada. “Foi uma noite especial”, afirmou o cantor.
Segundo o presidente da agremiação, Joilto Azedo, o Caprichoso fez uma grande apresentação. "Apesar de alguns problemas da natureza, temos um boi para ser campeão".
O problema foi a chuva forte de sexta-feira (26) em Parintins, durante a apresentação do boi azul. A água comprometeu o show, que precisou de modificações em cima da hora. A Associação Folclórica Caprichoso chegou a pedir a anulação da primeira noite.
O Garantido também trouxe para a arena pitadas de religiosidade ao falar de São José, considerado o padroeiro dos pescadores e dos moradores da Baixada de São José, onde o boi vermelho foi criado. Presidente do Garantido, Adelson Albuquerque disse que o festival “foi contagiante" e com um espetáculo maravilhoso para o folclore do Estado.
No segundo dia de festa, mesmo com todo o cansaço do fim do espetáculo, Israel Paulain, levantador de toadas do boi vermelho, diz que deixou a arena de alma lavada. “O Garantido é minha sina, minha vida. Tenho mais de 20 anos dedicados ao boi. São 14 anos como apresentador dessa verdadeira identidade de Parintins, da Baixa de São José”, acrescentou.
Movimento da economia
Além da festa tradicional, os milhares de turistas que passaram pela região também aproveitaram o artesanato local. A 13ª mostra de Economia Solidária de Parintins, organizada pela Secretaria de Trabalho do Estado, termina nesta segunda-feira (29). Na feira, artesãos e produtores de vários municípios amazonenses oferecem produtos típicos da floresta, acessórios indígenas, colares, brincos, cocares e até cosméticos.
A parintinense Regimara Nascimento tem um stand onde comercializa cremes, óleos e pomadas produzidos com frutos da Amazônia. “Todos os produtos são naturais, feitos com matéria-prima da região. Trabalhamos com óleo puro da copaíba e da andiroba, que são óleos medicinais”, esclareceu Regimara.
Jackson Cursino faz artesanato com cuias e reaproveita garrafas de plástico, vidro e borra de café para criar esculturas. “Até mesmo a tintura eu tiro da casca de folha de árvores”, explicou o artista. Ele já exportou obras para diversas cidades do Brasil e do exterior, entre eles Itália, Portugal e Alemanha.
Informações da Agência Brasil.