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Entretenimento e Cultura

Tradição, religiosidade e fé marcam a festa de Santa Cruz em Alfredo Chaves

Um dos costumes locais é enterrar garrafas de vinho no local, e durante a festa são desenterradas e servidas no almoço que acontece entre os fiéis

Redação Folha Cachoeiro
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uma pequena capela com uma cruz, que simboliza a fé e a religiosidade dos moradores Foto: ​Divulgação
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O município de Alfredo Chaves é um dos mais católicos do Espírito Santo e as construções religiosas são encontradas em várias comunidades, como em Santa Luzia do Ipê. Lá, está construída uma pequena capela com uma cruz, que simboliza a fé e a religiosidade dos moradores. A Festa da Cruz acontece nesta terça-feira (3).

A comunidade está localizada a 27 quilômetros da sede do município. E, exatamente a 977 metros de altitude, há uma pequena capela e um cruzeiro em homenagem a Santa Cruz. De lá, dá para avistar diversas comunidades, parte do litoral Sul e das montanhas capixabas. Além da missa, será realizado almoço comunitário, distribuição de vinho, seguindo uma antiga tradição, e leilões.

Segundo o agricultor Rafael José Fávero, 23 anos, a história começou há cinquenta anos, quando seu bisavô, filho de italianos, construiu na montanha uma cruz de madeira para servir como uma espécie de ‘amuleto religioso’, a fim de proteger toda comunidade de raios, tempestades e pragas nas lavouras. “Ele era muito religioso e temia estragos com as tempestades”, lembrou Fávero.

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Desde a construção, em 03 de maio de 1964, o local recebe visitas todos os anos de romeiros da localidade e região, onde celebram e se confraternizam. A cruz de madeira foi substituída por uma de alvenaria e em 2011 a família, com apoio da comunidade, resolveu edificar uma capela, que no mesmo dia, todos os anos, é aberta para a realização de uma missa.

A comunidade possui ainda uma antiga tradição. Todos os anos são enterradas garrafas de vinho no local. No dia da festa elas são desenterradas e o vinho é distribuído entre os participantes durante um almoço. “É uma tradição muito interessante que ainda conservamos, no dia da festa, procuramos até achar os locais prováveis onde as garrafas do ano anterior foram desenterradas. Depois de desenterrá-las, servimos todos durante um almoço que a comunidade oferece aos romeiros”, comenta.

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Além de guardar fé e tradições, o local possui um dos mais belos visuais das montanhas capixabas. Sem energia elétrica, tudo é improvisado para a realização dos festejos que duram todo o dia.

Para chegar ao local, o caminho é por Alfredo Chaves. Baste seguir até Ibituri, aproximadamente 16 quilômetros, depois são mais 11 quilômetros, indo em direção a Santa Maria do Engano até a comunidade de Santa Luzia do Ipê, depois é só subir a montanha, nesse trajeto a estrada é íngreme e estreita.

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