"O preço é do tamanho da necessidade". Para muitos, o valor para investir em cirurgias plásticas pode chegar a até R$ 100 mil, como consultórios no Espírito Santo registram, em combos de procedimentos que incluem da harmonização facial à lipoaspiração e ginecomastia (redução de mama quando há crescimento descontrolado) - três das mais procuradas intervenções pelos homens no Estado. 

A Coluna Pedro Permuy fez um levantamento com alguns médicos e constatou: encabeçam as cirurgias plásticas e procedimentos estéticos mais buscados pelo público masculino capixaba o transplante capilar, otoplastia (cirurgia de orelha), rinoplastia (de nariz), lipoaspiração e lipo HD, implante de balão gástrico (para emagrecer) e cirurgia de varizes. 

Na mídia e com adesão de famosos, personalidades já divulgaram que desembolsaram até R$ 50 mil só em um procedimento, como é o caso de Brunna Gonçalves, esposa da cantora Ludmilla. À época, a dançarina fez uma lipo HD. Já o transplante já foi divulgado por celebridades por de R$ 20 mil a R$ 35 mil, dependendo da área e da técnica utilizada. 

Segundo os profissionais, é comum esse público já ter planejado o que será feito e, quando chega a procurar o cirurgião, tem um plano para realizar mais de um procedimento em médio ou longo prazo - que, somados, chegam ao preço de um carro de luxo. 

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"No passado, os homens tinham medo de procedimentos mais invasivos, mas com a internet eles procuram e assistem vídeos e relatos de pessoas que já fizeram as cirurgias e se guiam por ali", defende o cirurgião plástico Adriano Batistuta. 

Que é o que a médica Letícia Rizzo corrobora: "O método FUE, de transplante capilar, por exemplo, tem uma procura enorme. E os homens já chegam mais ou menos sabendo como é. A procura por esse público masculino aumentou tanto que, hoje, no consultório, homens representam algo como 70% dos clientes". 

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No caso deste transplante, o FUE, não é preciso anestesia geral. O procedimento é feito com a alternativa local, o que também promove mais segurança e motiva homens a se submeterem à técnica. "É menos invasivo, não precisa de internação e a procura acaba sendo maior por isso. É fácil até para quem trabalha, tem filho, tem agenda agitada se programar", afirma. 

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A anestesiologista Cassia Marchiori confirma: "O fato de não ter que passar por uma anestesia geral ajuda muito na hora de o paciente se animar para realizar o procedimento". A especialista termina: "O homem tem pânico da palavra 'dor' e 'internação' e hoje as técnicas utilizadas já permitem ao paciente um procedimento seguro de rápida recuperação sem a anestesia geral".