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Entretenimento e Cultura

Estilistas apostam na subversão no 3º dia da SPFW

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - É difícil concorrer com Gisele Bündchen. Mas, felizmente, nomes poderosos da moda nacional apresentaram coleções de peso - e não foram ofuscados pelo desfile de despedida da top brasileira. Alguns dos estilistas mais conhecidos do País capricharam e apostaram no infalível conceito da subversão.

No desfile do mineiro Ronaldo Fraga, dezenas de mulheres seminuas, sentadas em pneus usados, representavam sereias de todas as idades e recepcionavam os convidados. Elas tinham entre 18 e 75 anos. Alexandre Herchcovitch inspirou-se no Japão e apresentou modelos gueixas independentes, sexy, senhoras de si, sem um pingo de submissão. Uma ode ao novo feminismo. Já Reinaldo Lourenço focou no jogo entre o masculino e o feminino, propondo uma androginia inovadora e mesclando tons pastel e babadinhos, com uma alfaiataria adulta, blazers bem cortados e fraques remodelados. Tudo bem chique.

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Guiado por um desejo de se superar em termos de modelagem e costura, Herchcovitch trabalhou exaustivamente com chifon de seda em microbabados que formavam uma textura surpreendente e sedutora - tão fofa que dava vontade de espremer. Para chegar a esse resultado, cinco metros de tecidos viravam 1 metro de babado. Os vestidos em tons de azul remetiam imediatamente à espuma do mar, e o franzido era semelhante aos das algas. "Cheguei a um ponto em que quero me superar na qualidade da minha roupa, no corte, no acabamento, nos detalhes.

Quero que ela seja tão perfeita por dentro, quanto por fora. E que seja algo de que me desafie." À primeira vista, ele conseguiu.

Também foi louvável o trabalho de superação de Reinaldo Lourenço. Seu ponto de partida foi George Sand, romancista francesa do século 19, e uma das primeiras mulheres a usar roupa masculina. A ideia do estilista era debater a nova androginia e, para isso, usou trajes de gala como fraques e faixas de cintura de smoking, combinados a minissaias e bermudas retas. "O exercício do Reinaldo foi trazer modernidade para o estilo romântico e é sempre difícil apresentar babados e tons pastel sem parecer roupa cocota. Mas ele conseguiu", diz Bia Paes de Barros, consultora de moda.

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As mulheres de seios de fora "instaladas" na passarela do mineiro Ronaldo Fraga foram por si só uma das notícias do dia. A performance fazia parte de uma homenagem às Sereias da Penha, uma comunidade de artesãs da Paraíba, que estimula a criação das chamadas biojoias, bijuterias produzidas a partir de elementos naturais como escamas de peixe. Na passarela, top croppeds, saias e bermudas larguinhas em comprimento mídi, vestidos longos brancos transparentes, que lembram as redes dos pescadores, e recortes florais e geométricos. Maxicolares de flores, feitos de pérola e madrepérolas, arrematavam os looks. Uma subversão artesanal e brasileira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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