R$ 1 milhão de prejuízo: "Desanimador", diz sócio de beach club de Guarapari
Em entrevista exclusiva à Coluna Pedro Permuy, Felipe Fioroti confidencia transtornos após interdição inesperada, prejuízo milionário, 200 trabalhadores dispensados e cancelamento de shows
No último domingo (27), faltando uma hora para abrir as portas, o Cafe De La Musique, em Guarapari, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros. A programação do dia foi suspensa e os empresários donos do grupo de que a casa de shows faz parte também decidiram cancelar as agendas de segunda-feira (28) e terça (1º), além das atrações da Semana Santa, em abril, mesmo com a desinterdição do local liberada segunda (28) à tarde.
O empreendimento, que vai mudar de endereço para a próxima temporada grande de shows, como o Folha Vitória já noticiou em primeira mão, estima um prejuízo de R$ 1 milhão, além da dispensa das diárias de 200 funcionários que trabalhariam por dia nos dias restantes da programação de Carnaval 2022.
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Em entrevista exclusiva à Coluna Pedro Permuy, um dos donos do grupo, Felipe Fioroti, desabafa: “Faltando uma hora para abrir cegou o auto de interdição inexplicável para a gente Alegando que a casa foi interditada porque nosso sistema de conferência de ingressos ‘não estava confiável’, como disseram. A gente abriu o sistema, mostrou, enfim…”.
E continua: “Toda a situação gerou uma insegurança muito grande para a gente, para os artistas, os frequentadores, quem estava vindo de fora… A gente ficou sem segurança jurídica. Então, por isso, até, que cancelamos tudo. É muito desanimador, a situação é caótica. Não sei o porquê de o Espírito Santo ter esse tipo de coisa que nenhum estado tem. O procedimento surge na hora, a gente não é notificado antes, o artista também fica sem saber…”.
O empresário relata que algumas das atrações que já deviam ter desembarcado no Estado para realizarem as instalações a tempo decidiram nem vir ao Espírito Santo para não perderem viagem, o que reforçou a decisão do cancelamento. “Nem se a gente quisesse. O Menos é Mais nem veio, porque não estavam acreditando. Isso é ruim demais para a nossa imagem com o artista, para o Brasil, para os turistas que vieram de longe… É uma situação muito triste. Parece que tudo é, realmente, feito com o intuito de não se dar chance para se resolver”, avalia.
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Fioroti chegou até a postar em suas redes sociais o controle do site que é responsável por fazer a venda dos convites. Nos prints, a relação mostra que em nenhum dia foi ultrapassada a venda de 2 mil entradas, número máximo permitido por decreto do governo do Espírito Santo neste período de pandemia de Covid-19. “O relatório de vendas mostrava que nenhum dia chegou a 2 mil pessoas por dia. E nenhum outro órgão fez cobrança, porque estamos com tudo certo”, reitera.
Além da dor de cabeça, no entanto, o episódio rende aos donos do Cafe um prejuízo estimado de R$ 1 milhão. 200 trabalhadores que também ganhariam por diária nos dias dos eventos acabaram sem renda por conta da interdição.
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“Com toda a campanha que fizemos (de ingressos solidários), doamos mais de 50 toneladas de alimentos que foram arrecadadas durante a programação. E o prejuízo que tomamos é inenarrável. Fomos a única empresa que investiu no carnaval nos últimos 4 anos. Uma casa ou outra abria um dia ou outro e só. A gente fez programação. Carnaval lá também a gente não quer mais”, desabafa, reiterando o prejuízo estimado de R$ 1 milhão por perdas e danos.
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DEVOLUÇÃO DO DINHEIRO DOS INGRESSOS
O processo de devolução do dinheiro dos ingressos dos shows que foram cancelados começa na próxima quinta-feira (3). “Temos que negociar os cachês que foram pagos, a gente paga tudo antecipado, e tudo o que foi cancelado teremos que trabalhar para ver. Então essa operação começa na quinta”, termina o empresário.
COM A PALAVRA, OS BOMBEIROS
Questionado, o Corpo de Bombeiros diz ter seguido o procedimento padrão.
Em nota enviada à Coluna Pedro Permuy