Taxas futuras de juros passam a cair com enfraquecimento do dólar ante o real
São Paulo - Os juros futuros passaram a exibir viés de baixa na manhã desta terça-feira, dia 9, após abertura do lado positivo, acompanhando o enfraquecimento do dólar ante o real, segundo um operador de renda fixa.
A moeda norte-americana operava com sinais mistos, em leve alta à vista e ligeira queda no dólar fevereiro, refletindo ajustes ao fechamento anterior. Nesta segunda-feira, 8, o dólar fevereiro terminou aos R$ 3,2510, bem acima do dólar à vista, aos R$ 3,2383.
Os juros futuros se ajustam em baixa antes do leilão de títulos do Tesouro, no fim da manhã. A oferta será de até 900 mil Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), papéis indexados ao IPCA, divididas em dois grupos de vencimentos (11h30). Por enquanto, o mercado de juros deixa em segundo plano os resultados do IGP-DI e das vendas no varejo, diz um operador.
Às 9h49 desta terça, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 estava em 8,810%, igual ao ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2020 exibia 7,97%, ante 7,98% do ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2021 marcava 8,84%, de 8,86%, enquanto o DI para janeiro de 2023 estava em 9,72%, de 9,74% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista subia 0,06% neste mesmo horário, aos R$ 3,2404, ante máxima em R$ 3,2489 (+0,33%). O dólar futuro de fevereiro caía 0,03%, aos R$ 3,250, ante máxima aos R$ 3,2585 (+0,23%).
Mais cedo, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista pelo conceito restrito subiram 0,70% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado superou a mediana das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, calculada em +0,20%, e ficou dentro do intervalo das previsões, de queda de 0,60% a alta de 1,52%.
Na comparação com novembro de 2016, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 5,9% em novembro de 2017. Nesse confronto, as projeções iam de uma expansão de 1,10% a 6,50%, com mediana positiva de 3,70%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,9% no ano e elevação de 1,1% em 12 meses.
Já a Fundação Getulio Vargas divulgou que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,74% em dezembro, ante um aumento de 0,80% em novembro, dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam um avanço de 0,69% a 0,95%, mas abaixo da mediana positiva de 0,81%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.
Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 0,42% no ano de 2017, a menor desde 2009 (-1,43%) e dentro do intervalo das estimativas (-0,50% a -0,21%), porém uma queda maior que a mediana esperada (-0,35%).