Quatro em cada 10 brasileiros estavam negativados em novembro
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, 68,8 milhões de consumidores fecharam o mês passado endividados
O Indicador de Inadimplência mostrou que quatro em cada dez brasileiros estavam negativados no mês de novembro. Ao todo, o índice de 41,51% representa 68,62 milhões de consumidores com dívidas. O estudo é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O percentual cresceu 1,48% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Segundo o presidente da CNDL, José César da Costa, o cenário mostra que o brasileiro tem dificuldades em pagar as dívidas. “A inflação dos alimentos tem um grande impacto na renda das pessoas, e isso atrapalha ainda mais. A expectativa é de que, com a entrada do décimo terceiro e da renda extra do final do ano, os consumidores priorizem o pagamento das dívidas”, destaca.
Veja o perfil dos endividados:
Sexo
A maioria dos endividados é do sexo feminino, com 51,16%. A porcentagem entre os homens é de 48,84%.
Idade
Segundo o estudo, o número de devedores com participação mais expressiva em novembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,6%), seguido por 40 a 49 anos (20,98%) e 50 a 64 anos (19,87%). A idade média das pessoas com dívida é de 44,8 anos.
Gasto médio e número de credores
Em novembro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.510,82 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada pessoa inadimplente devia, em média, a 2,11 empresas.
Valores
Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,65%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,35% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
Áreas
O relatório comprovou uma evolução das dívidas com o setor bancário, com crescimento de 4,60%. Em outra direção, as dívidas com os setores de Água e Luz (-9,07%), Comércio (-5,41%) e Comunicação (-4,07%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
Região
Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro-Oeste (6,59%), seguida pelo Nordeste (2,80%), Sudeste (1,13%) e Norte (0,67%). Por outro lado, o Sul (-0,90%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.
*Com informações do Portal R7