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Economia

‘Blusinha chinesa’ mais cara: Estados sobem imposto para 20% em 2025

Imposto estadual maior se somará ao Imposto de Importação cobrado pelo governo federal e atingirá as plataformas de e-commerce no exterior

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação/Correios
Encomendas que chegam pelos correios vão ficar mais caras com aumento de imposto estadual
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As secretarias de Fazenda estaduais e do Distrito Federal decidiram nesta sexta-feira, 6, subir de 17% para 20% a alíquota de ICMS que vai incidir sobre produtos importados que chegam ao País. A decisão, que entra em vigor em 1° de abril de 2025, atinge as compras feitas em plataformas digitais internacionais, como as asiáticas Shein, Shopee e AliExpress.

A decisão foi tomada após reunião do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). A medida afeta produtos que chegam ao País via remessas postais e que se enquadram no Regime de Tributação Simplificada (RTS).

“O objetivo é garantir a isonomia competitiva entre produtos importados e nacionais, promovendo o consumo de bens produzidos no Brasil”, diz o Comsefaz em nota. “Com isso, os Estados pretendem estimular o fortalecimento do setor produtivo interno e ampliar a geração de empregos, em um contexto de concorrência crescente com plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço.”

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O Comsefaz esclareceu ainda que a decisão levou em conta as alíquotas modais já praticadas pelos Estados. Nos casos em que a alíquota modal seja inferior a 20%, a implementação dependerá de aprovação pelas respectivas Assembleias Legislativas estaduais.

A taxação de 17% do ICMS foi anunciada em junho de 2023, em meio à criação do programa Remessa Conforme, lançado pela Receita Federal combater a sonegação de tributos nas transações de e-commerces estrangeiros.

Em março,  já havia a intenção dos governadores de elevar a alíquota, mas o novo valor, inicialmente previsto em 25%, foi calibrado para 20%.

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Nos últimos anos, empresas asiáticas de e-commerces tiveram um salto no volume de remessas feitas ao Brasil, incomodando as varejistas nacionais, que veem concorrência desleal e exigem tratamento igualitário.

Imposto de importação

Além do pagamento de 20% de ICMS sobre esses produtos importados, há também a taxação de 20% de Imposto de Importação para produtos de até US$ 50. Conhecida como “taxa das blusinhas”, essa cobrança foi sancionada por Lula em junho e passou a vigorar em agosto.

Acima desse valor, a alíquota é de 60%, mas com uma dedução fixa de US$ 20 no valor total do imposto.


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