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Economia

Dyogo: renda cairá R$ 4,5 mil nos próximos 3 anos com desaceleração sem reforma

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta segunda-feira, 11, que os cidadãos correm o risco ter sua renda reduzida em R$ 4,5 mil nos próximos três anos na esteira da desaceleração da economia, caso a reforma da Previdência não seja aprovada pelo Congresso Nacional. "Se não aprovarmos a reforma, o maior prejudicado será o cidadão", afirmou o ministro no perfil da pasta no Twitter.

O dado citado por Dyogo Oliveira é de recente estudo da Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (Seplan) do Ministério do Planejamento, que mostra que a não aprovação da reforma da Previdência pode elevar o risco País devido à deterioração fiscal. No pior cenário, haveria uma redução de R$ 4,59 mil no PIB per capita projetado de hoje até 2020. No cenário menos pessimista, essa diferença entre a projeção com e sem reforma da Previdência seria de R$ 2,69 mil.

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O ministro lembrou que os gastos com a Previdência são a razão do déficit fiscal, pois representam 57% do total de despesas primárias. "Por isso, a aprovação da reforma é indispensável para consolidarmos a retomada do crescimento e reequilibrar as contas públicas", afirmou.

Segundo ele, o compromisso do governo com o reequilíbrio das contas públicas, especialmente a aprovação da reforma, fez o custo médio do estoque da dívida pública cair de 13,2% ao ano em agosto de 2016 para 10,5% ao ano em setembro de 2017. Isso representa economia de R$ 90 bilhões ao ano na despesa com juros, segundo o Planejamento.

"Sem a reforma, a dívida pode chegar a 100% do PIB em 2021. O País não terá credibilidade para continuar se financiando", afirmou.

O ministro disse ainda que a reforma pretende corrigir distorções praticadas hoje, como o fato de trabalhadores que ganham um salário mínimo se aposentarem, em média, com 60 anos, enquanto trabalhadores que ganham entre 6 e 7 salários mínimos se aposentam com 50,1 anos.

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Dyogo Oliveira também buscou explicar as recentes mudanças feitas no texto, como a exclusão de trechos que pretendiam alterar regras para trabalhadores rurais e segurados do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. "(As regras) Continuam as mesmas. O tempo mínimo de contribuição para os trabalhadores do setor privado se aposentarem também não será alterado, permanecerá 15 anos", disse. Nenhum benefício poderá ser inferior a um salário mínimo.

A igualdade entre os regimes de aposentadoria também é outro ponto central da reforma, destacou o ministro. Segundo ele, deputados, senadores, juízes e servidores públicos terão seus benefícios previdenciários públicos limitados ao teto do INSS (R$ 5.531,31) e respeitarão a mesma idade mínima do que trabalhadores do setor privado.

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"Já existe idade mínima, mas apenas para os trabalhadores que se aposentam por idade, que são os que ganham menos. De acordo com as regras atuais, quanto menor o salário, maior a idade de aposentadoria. Hoje a idade média de aposentadoria dos que requerem o benefício por tempo de serviço é de 58 anos, idade não condizente com a atual expectativa de vida dos trabalhadores em idade de aposentadoria, que é de 84 anos", ressaltou Dyogo Oliveira.

O ministro disse ainda que trabalhadores que já se aposentam por tempo de contribuição (que ganham mais) terão idade mínima de 53 anos (mulheres) e 55 anos (homens) no começo da reforma, ou seja, nos dois primeiros anos de vigência. "A idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres só será aplicada em 2038 para quem sem aposentar por tempo de contribuição", afirmou.

Dyogo Oliveira também ressaltou que, no Brasil mais de 63% dos trabalhadores já se aposentam por idade, índice que supera 85% nas regiões Norte e Nordeste. Hoje, as idades mínimas são de 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens).

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