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Economia

Novembro foi o primeiro mês de queda dos juros desde dezembro de 2015, diz BC

O juro médio do crédito total passou de 33,3% em outubro para 33,0% em novembro. "Um fator que contribui para a queda da taxa média em novembro é a Selic menor", disse Macie

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Taxa de juros no crédito teve, em novembro, a primeira queda em nove meses Foto: Divulgação
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Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, chamou atenção nesta sexta-feira, 23, para o fato de novembro ter sido o primeiro mês com queda nos juros das operações de crédito desde dezembro do ano passado.

O juro médio do crédito total (livre mais direcionado) passou de 33,3% em outubro para 33,0% em novembro. "Um fator que contribui para a queda da taxa média em novembro é a Selic menor", disse Maciel.

Ele não estimou, no entanto, o peso que a redução da taxa básica, hoje em 13,75% ao ano, teve sobre este movimento no juro médio. "A tendência é de que a Selic impacte as taxas ao longo do tempo", acrescentou.

Maciel chamou atenção ainda para o fato de que, em 2016, a inadimplência foi bem comportada, apesar do quadro econômico adverso. "Em novembro, tivemos recuo (de 0,1%) da inadimplência", citou. De acordo com Maciel, o papel da renegociação de dívidas em 2016 foi importante para segurar a inadimplência.

Rotativo

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O governo espera que o custo do cartão de crédito, cuja taxa de juros anual no rotativo atingiu o recorde de 482,1% em novembro, recue a partir das medidas que estão em estudo pelo governo. "As medidas estão sendo estruturadas e é preciso aguardar a definição", comentou Maciel. "A expectativa é de que tenha uma racionalidade no uso do cartão e com isso o custo caia."

Pelas medidas em estudo, segundo informações do setor, o usuário do cartão poderá acessar o crédito rotativo apenas por 30 dias. Depois disso, se houver um saldo devedor, ele migrará automaticamente para o crédito parcelado, que é menos caro. A taxa para essa linha estava, em novembro, em 155% ao ano.

É por isso que integrantes do governo falaram em queda dos juros pela metade. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na quinta que foi fechado um acordo com os bancos para esse mecanismo entrar em operação no final do primeiro trimestre de 2017.

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Tulio Maciel não quis entrar em detalhes sobre as medidas em estudo. Mas comentou que, hoje, já é possível acessar o juro menor, do parcelado. Ele explicou que, se a pessoa não paga o saldo devedor na totalidade, o valor restante vai para o rotativo. Ela pode, porém, negociar com a administradora a conversão dessa dívida para o parcelado.

Os dados divulgados pelo Banco Central mostram que, em novembro, o volume de crédito às famílias no rotativo do cartão estava em R$ 39,152 bilhões. Já o saldo no parcelado era de R$ 11,203 bilhões, o que mostra uma concentração na modalidade mais cara de crédito.

"Rotativo e cheque especial são para situações emergenciais", frisou Maciel. "É para o curto prazo."

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