/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Novos shoppings mudam regra de aluguel de lojas

Pesquisa divulgada ontem pela associação mostra que os shoppings devem faturar este ano R$ 143,5 bilhões, com avanço de 8% em relação a 2013

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Agência Brasil
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

São Paulo - O fraco desempenho dos shoppings neste ano deve aumentar o número de lojas vagas e já mudou a forma de negociação dos contratos de locação entre lojistas e administradores de shoppings. "2014 foi um ano muito ruim para o comércio", diz o presidente da Associação de Lojistas de Shoppings, Nabil Sahyoun. Ele lembra que, além de fatores econômicos, como inflação e juros em alta, a Copa dos Mundo e as eleições prejudicaram o desempenho do setor.

Pesquisa divulgada ontem pela associação mostra que os shoppings devem faturar este ano R$ 143,5 bilhões, com avanço de 8% em relação a 2013. É o menor crescimento registrado pelo setor desde 2009, quando a economia sentia os efeitos da crise global. Se for descontada a inflação do período, o faturamento deste ano cresce apenas 1,5% ante 2013.

Diante desses resultados e da concorrência de grandes supermercados, como o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour, que estão criando minishoppings ao lado dos hipermercados, e da concorrência dos aeroportos que viraram também áreas de consumo, os shopping centers novos começaram a negociar contratos de locação mais em conta para os lojistas.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

No lugar de cobrar do lojista aluguel, condomínio e fundo de promoção, por exemplo, os administradores de shoppings propõem uma remuneração de uma parcela fixa do faturamento obtido pelo lojista. Essa participação é de 10%. Essa nova fórmula, segundo Sahyoun, alivia os custos dos lojistas, que estão muito pressionados. "Os shoppings novos estão flexibilizando as negociações."

Essa flexibilização reflete o temor dos empreendedores de que o número de lojas vagas aumente ainda mais. Segundo ele, há shoppings recentemente inaugurados que começaram a funcionar com apenas metade da área ocupada. Em 2014, a taxa de vacância nos shoppings foi a maior dos últimos dez anos. Atualmente, está em 10% e, segundo o presidente da Alshop, deverá subir para algo entre 12% e 13% no curto prazo por causa do fraco desempenho do comércio e da forte pressão de custos dos lojistas, provocada especialmente por tarifas, além da concorrência de novos empreendimentos.

Cautela

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Um sinal de que os lojistas estão mais cautelosos aparece no número de lojas inauguradas. Segundo pesquisa da Alshop, 8.796 lojas começaram a funcionar nos shoppings brasileiros em 2014. É quase a metade do número de lojas que foram abertas em 2013. No ano passado, foram inauguradas 16.552 lojas em shoppings.

A cautela do setor também vem à tona em outro indicador: o número de shoppings em construção. Estão sendo construídos 134 shoppings no País, com investimentos de R$ 8 bilhões. O número de shoppings em obras neste ano é menor do que existia em 2013, com 153 empreendimentos nessa condição. O recuo no número de shoppings em obras ocorreu nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.