/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Economia

Crise do petróleo faz Venezuela reduzir ajuda a vizinhos

As exportações venezuelanas de petróleo para esse grupo, que são fortemente subsidiadas, caíram 20% este ano até outubro, segundo informações da provedora de dados ClipperData

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Divulgação
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Kingston, 06 - Em meio à crise do petróleo, com a brusca queda nos preços afetando os principais produtores do mundo, a Venezuela está reduzindo a ajuda para 13 de seus vizinhos da América Central e do Caribe, por meio do chamado programa Petrocaribe. As exportações venezuelanas de petróleo para esse grupo, que são fortemente subsidiadas, caíram 20% este ano até outubro, segundo informações da provedora de dados ClipperData. No ano passado, essas vendas já haviam recuado quase 15%, conforme comprovam números do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em troca do petróleo mais barato, os beneficiários do programa Petrocaribe apoiam o governo de Caracas em questões diplomáticas internacionais. Agora, tendo de pagar mais pelo combustível, muitas dessas administrações terão de reduzir fortemente os gastos em outras áreas, incluindo em programas sociais, e algumas economias podem ser levadas à recessão. "Se o Petrocaribe sair da Jamaica, não sei o que vamos fazer. Será um dia sombrio", diz Verona Barrett-Brown, diretora de uma escola primária na capital do país, Kingston.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Na pequena nação insular de Granada, o dinheiro economizado com o petróleo financia 40% dos programas sociais, de materiais escolares à merenda dos alunos da rede pública. No Haiti, que batizou um aeroporto de Hugo Chávez, ex-presidente venezuelano que criou o Petrocaribe, o dinheiro é usado para programas de distribuição de alimentos. Já a República Dominicana usa esses recursos para ajudar a sanar as contas públicas.

"A probabilidade de uma interrupção no programa está maior agora, porque a Venezuela está sob grande pressão", diz Adrienne Cheasty, vice-diretora da unidade do FMI para o Hemisfério Ocidental. Recentemente o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Rafael Ramírez, reiterou o "forte compromisso do governo com a continuidade da iniciativa do Petrocaribe, sob quaisquer circunstâncias", mas nas últimas semanas o silêncio das autoridades sobre o assunto tem preocupado os vizinhos. Fonte: Associated Press.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.