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Economia

Imóveis de luxo no ES contam com áreas de estudo e coworkings

Construtoras e incorporadoras têm investido em projetos que integram coworkings, espaços makers e áreas planejadas para reuniões e desenvolvimento pessoal

Thaiz Blunck

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Foto: Divulgação
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Há alguns anos, a casa deixou de ser apenas um espaço de descanso e convivência familiar para se tornar um ambiente multifuncional, capaz de integrar trabalho, estudo, lazer e conveniência no mesmo ambiente.

Essa mudança de comportamento foi impulsionada pela pandemia, período em que muitas pessoas descobriram a possibilidade de trabalhar e estudar de casa. Mesmo em espaços convencionais que nem sempre atendiam plenamente às novas demandas, trabalhar e estudar remotamente tornou-se uma realidade possível e, em muitos casos, desejável.

No Espírito Santo, o número de pessoas trabalhando em home office reflete essa nova realidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado registrou um aumento de 79 mil trabalhadores remotos em 2019 para 105 mil em 2023.

Foto: IBGE

Além de mudar o estilo de vida das famílias, o novo cenário também abriu caminho para uma nova tendência no mercado imobiliário: a busca por imóveis que não apenas acolham, mas também potencializem a produtividade e a conectividade, permitindo que os moradores, trabalhem e estudem dentro de casa, ou a apenas um elevador de distância.

Foto: Divulgação
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Em resposta, construtoras e incorporadoras têm investido em projetos que vão além do convencional, integrando coworkings, espaços makers, salas de estudo e áreas planejadas para reuniões e desenvolvimento pessoal.

São novos espaços que atendem tanto aos adultos, que buscam foco e privacidade, quanto às famílias, que valorizam ambientes seguros e que estimulam a criatividade e aprendizado dos filhos estudarem.

Psicologia dos espaços

O psicólogo Diemerson Saquetto, que é diretor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e trabalha diretamente com adolescentes, destaca a importância de espaços exclusivos para os estudantes desenvolverem trabalhos, tendo em vista que há muitas distrações dentro de casa, como celular e televisão, por exemplo.

Foto: TV Vitória
"Nós somos seres que nos adaptamos ao ambiente em que nos situamos, então quanto mais preparado estiver o espaço, a mente também vai entender o propósito de atuar naquilo ali. Se o ambiente está organizado, a mente também vai entender que precisa de organização. Quando há desordem ou bagunça, mais também vai ser difícil colocar a sua atenção naquilo ali", explica ele.

O psicólogo cita como exemplo os ambientes do Ifes, destacando a necessidade da escola ser um lugar agradável visualmente e bem organizado para facilitar e estimular o aprendizado os alunos.

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"Estar em um lugar que vai beneficiar e permitir que ele entenda aquele conteúdo da melhor maneira, organizado, com material de ponta, vai fazer com que as potencialidades desse aluno fiquem, de fato, à serviço da profissionalidade. No Ifes, criamos os nossos espaços pensando no desenvolvimento intelectual, afetivo e social dos alunos", afirma.

Espaço maker e coworking: qual a diferença?

Entre as soluções propostas pelas incorporadoras para atender às demandas, destacam-se os espaços makers e os coworkings, que trazem funções distintas, mas complementares.

• Espaço maker: focado na criatividade e na experimentação prática, é um ambiente colaborativo onde ferramentas e tecnologias são usadas para desenvolver projetos reais, incentivando o aprendizado “mão na massa”. São ideais para estudantes em qualquer fase escolar.
• Coworking: voltado para profissionais liberais, freelancers e empresas, oferece infraestrutura compartilhada para quem busca um espaço mais profissional e produtivo. São ideais para executivos, empresários e advogados, por exemplo.
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Esses ambientes são uma resposta às necessidades de profissionais como a advogada e empresária Cristiane Felhberg, que depende de reuniões online para atender seus clientes. 

Foto: TV Vitória
"A demanda hoje para atendimentos é muito mais online do que presencial. Com a pandemia, houve essa mudança no mercado, então os atendimentos passaram a ser online e se mantiveram online. Hoje, se a gente pergunta ao cliente o que ele prefere, ele vai dizer que prefere o atendimento online. Eu só mantenho o escritório porque minha casa não conta com uma estrutura para que eu possa trabalhar", explica ela.

Pensando na correria do dia a dia, ela afirma que o ideal seria ter algo dentro do próprio condomínio, para otimizar o tempo e conseguir organizar melhor sua rotina diária.

"Se eu pudesse, eu preferia ter uma área no meu condomínio mesmo voltada para isso, poder fazer reuniões, seria muito interessante. Hoje o tempo está cada vez mais escasso, então precisamos cada vez mais centralizar as coisas, porque somos mãe, dona de casa, empresária, temos a área jurídica, então manter tudo o mais próximo possível agiliza muito o dia a dia", explica ela.

O luxo que oferece conforto e eficiência

A diretora comercial da Grand Construtora, Joana Barbosa, destaca como o TAJ, primeiro home resort do Espírito Santo, integra essas tendências em seus projetos. O empreendimento está em construção no bairro Jockey de Itaparica, em Vila Velha, e oferece uma experiência de moradia completa, que facilita a vida de quem tem a rotina corrida.

Foto: TV Vitória
"Antes mesmo da pandemia, que trouxe isso como uma necessidade, já tínhamos pensado como solução. Hoje, muitos empresários e estudantes precisam desses ambientes e, às vezes, eles até têm dentro do apartamento, mas preferem usar fora do espaço da casa para não tirar a privacidade dos demais membros da família. Além disso, às vezes eles precisam também de um ambiente com mais silêncio, por exemplo. Nós já prevíamos que isso ia se ampliar e trouxemos como solução nos nossos projetos", explica ela.
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No TAJ, cada detalhe foi planejado para oferecer funcionalidade e sofisticação. Além da iluminação adequada para a proposta do ambiente, também foi pensado no conforto de quem vai utilizá-lo, como a disponibilidade de cadeiras ergonômicas, por exemplo, ideal para quem passa longas horas em frente ao computador. 

Foto: Divulgação

"Nossa preocupação é trazer um ambiente com conforto. Não são simples baias. O espaço é todo decorado, temos cadeiras ergonômicas, a iluminação foi estudada para proporcionar uma luz que seja confortável. Pensamos nos detalhes para trazer um ambiente convidativo, em que o morador prefira descer para usufruir, onde ele pode ter esse momento individual, receber um cliente, fazer uma reunião", afirma ela.

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