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Economia

O que fazer? Amigos caem em golpe do aluguel de temporada: "Preço mais baixo"

Criminosos fingem ser donos de imóveis para roubar clientes. Eles alugam casas para tirarem fotos, anunciam com preços mais atraentes e depois do pagamento, somem

Redação Folha Vitória

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Foto: @pressfoto/Freepik
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Na intenção de economizar, Lucas de Andrade Melo, de 24 anos de idade, alugou um apartamento por R$ 280 para se arrumar com os amigos para uma festa a fantasia no Rio de Janeiro. O imóvel foi escolhido para tornar o deslocamento mais fácil, evitando atravessar a cidade com roupas nada comum.

Até a véspera do evento, tudo estava conforme o combinado. Entretanto, uma amiga de Lucas acessou novamente o aplicativo de aluguéis e encontrou outra residência com um preço mais baixo, optando por fechar a reserva. Os amigos não acharam ruim, pois isso significaria uma economia considerável.

"Chegamos na casa e já começamos a achar estranho, porque o proprietário não estava lá para nos receber. Começamos a ligar para o dono e um senhor apareceu", contou Lucas ao R7.

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O idoso informou ao grupo a residência estava alugada há mais de dois anos. Ele disse não reconhecer a pessoa que estavam chamando e que nunca havia utilizado aplicativos de aluguel. "A gente já tinha percebido que caiu em um golpe".

O verdadeiro proprietário da casa pediu uma foto do suposto locador e percebeu que se tratava do pedreiro que costumava prestar serviços para o idoso. 

"Por ser pedreiro, ele tinha fácil acesso à casa. Então aproveitou um dia em que ninguém estava na residência e fez fotos para alugar no aplicativo como se fosse dele", afirmou Lucas.

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O grupo de amigos optou por não comparecer à festa, porém conseguiu recuperar o dinheiro perdido. Ainda assim, foram alvo do golpe do falso aluguel de temporada, uma prática comum que requer cautela ao alugar casas ou apartamentos por meio de sites e aplicativos.

Como o golpe do falso aluguel é aplicado? Entenda

No caso de Lucas, o golpe foi realizado por alguém próximo do verdadeiro proprietário. Porém, segundo o advogado especialista em crimes cibernéticos José Milagre,  em casos mais elaborados, criminosos alugam um imóvel por meio de aplicativos de aluguel temporário, por poucos dias, e o anunciam como se fosse deles, oferecendo preços abaixo do mercado.

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Ao encontrar interessados, os criminosos agendam visitas para criar uma história real, solicitando garantias para a reserva do imóvel. Milagre afirma que o golpe é consumado no momento em que o pagamento é efetuado, pois os suspeitos desaparecem, deixando as vítimas sem dinheiro e sem o suposto imóvel alugado.

"Trata-se de fraude eletrônica, um crime previsto na lei nº 14.155/2021, sujeito a uma pena de até oito anos de reclusão", afirma o advogado ao R7.

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Essas plataformas frequentemente permitem que usuários compartilhem dados pessoais e facilitam a criação de anúncios clonados, sem passar por auditorias.

"O caráter completamente digital dessas plataformas colabora para a sensação de impunidade, mas, ainda sim, é possível identificar os criminosos", comenta o especialista.

Como evitar o golpe do falso aluguel de temporada?

Existem algumas medidas que os usuários podem adotar para evitar cair nesse tipo de golpe. Abaixo estão algumas dicas:

procure plataformas exclusivas de locação;

exija a documentação antes de realizar qualquer pagamento;

não passe seus dados;

faça visitas guiadas;

em casos de apartamentos, tente conversar com o porteiro ou moradores para saber se conhecem mesmo o locador.

Além disso, José Milagre afirma que é necessário o usuário sempre analisar o perfil, como o tempo em que utiliza a plataforma, quantas pessoas já alugaram o imóvel, buscar histórico de reclamações em sites populares e jamais dar garantias de forma antecipada, analisando igualmente se não se trata de anúncio duplicado.

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A recomendação é que os pagamentos sejam realizados apenas no momento da entrega das chaves ou por canais seguros. O advogado orienta que as plataformas prestadoras de serviço confirmem a autenticidade dos usuários que criam contas e anúncios.

"Autenticação duplo fator, conferência de documentos que comprovem a propriedade do imóvel que será anunciado, lembrando que tudo deve ser armazenado, para evitar eventual responsabilização", explicou ao R7.

O que fazer se cair em um golpe?

Se a pessoa acabar sendo vítima do golpe, o advogado sugere que seja feito imediatamente um boletim de ocorrência. Assim como notificar o prestador de serviços para que o anúncio seja removido, impedindo que outras pessoas também se tornem vítimas.

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Em nota, o Airbnb, uma das maiores plataformas de aluguéis, recomendou que toda interação entre hóspedes e anfitriões ocorra exclusivamente através da plataforma, incluindo a troca de informações pessoais e o pagamento. Caso alguém seja vítima do golpe, a plataforma oferece uma central de ajuda disponível 24 horas.

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Além disso, a plataforma garante que pode ajudar os usuários, desde que a transação seja realizada no site, bem como a comunicação e o pagamento. "A plataforma pode ajudá-los a evitar golpes maliciosos de viagens de terceiros".

*Com informações do R7.

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