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Economia

Giannetti: inadimplência elevou spread, mas falta competição entre instituições

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O economista Eduardo Giannetti da Fonseca disse nesta terça-feira, 22, que, apesar de se manter cautelosamente otimista com a economia brasileira, a ponto de projetar para 2017 uma taxa nominal de juro ao redor de 10% a ano, não vê garantias de que o afrouxamento monetário em curso irá influenciar as taxas de juros de mercado. Giannetti reconhece que a inadimplência contribuiu para elevar o spread bancário, mas criticou a falta de competição entre as instituições financeiras no mercado de crédito.

"Se eu estivesse no Banco Central, estaria muito preocupado em promover a competição entre as instituições financeiras na oferta de crédito", disse o economista durante o 11º Seminário Internacional da Acrefi (Siac 2016). De acordo com Giannetti, o sistema bancário brasileiro continua devendo à sociedade o seu papel de transferir poupança para investimentos de longo prazo no Brasil.

Na avaliação do economista não se promove crescimento sustentável sem poupança doméstica.

Crescimento

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Giannetti disse que prevê crescimento de 1,5% a 2% da economia brasileira no ano que vem. Seu cenário, classificado por ele como "cautelosamente otimista", tem a cena política como maior risco para não se concretizar.

Ele avaliou que o avanço nas investigações da Operação Lava Jato sobre a alta cúpula do governo poderá esvaziar o capital político da administração de Michel Temer (PMDB), caso as acusações sejam confirmadas, e comprometer o momento de retomada da economia do País.

O economista disse não ver riscos à tramitação, agora no Senado, da proposta de emenda constitucional que estabelece um teto aos gastos públicos. Porém, a perda de governabilidade poderá comprometer, segundo Giannetti, a aprovação da agenda de medidas econômicas, o que inclui a reforma da Previdência, a partir do ano que vem.

Embora tenha feito essa ponderação, Giannetti disse esperar que os primeiros sinais reais de recuperação e normalização econômica apareçam ao longo do primeiro semestre de 2017. Por enquanto, a retomada da confiança não se refletiu em melhora dos indicadores econômicos, como consumo, crédito e produção.

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O ambiente, no entanto, é positivo ao início da retomada, afirmou o economista, citando a qualidade, como "há muito tempo não se via", tanto da equipe econômica quanto dos gestores de estatais, a direção correta do programa econômico do governo e o reequilíbrio na conta de transações correntes, cujo déficit está "praticamente zerado".

Sobre o setor externo, Giannetti acrescentou que a depreciação do real após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos - favorecendo a competitividade dos produtos brasileiros - dá gás adicional aos exportadores nacionais.

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