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Economia

CNseg: mercado de seguros cresce 8,7% no 3tri16, motivado por ramo de pessoas

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O mercado de seguros, sem considerar o segmento de saúde, apresentou crescimento de 8,7% no terceiro trimestre de 2016 ante um ano, segundo o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, com base nos dados recém divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). "Mantivemos a dinâmica de crescimento vista no segundo trimestre, de 8,8%, sinalizando uma tendência diferente da vista no primeiro trimestre, quando o segmento cresceu 3,6%, desempenho que assustou o mercado que vinha crescendo dois dígitos", destaca ele, em entrevista.

No acumulado do ano até setembro, de acordo com Coriolano, o mercado de seguros, sem contar saúde, registrou incremento nominal de 7,2% ante igual intervalo do ano passado, totalizando R$ 170,8 bilhões. Diante desse desempenho, o presidente da CNseg reiterou a expectativa para o crescimento do setor em 2016, de 8% a 10% em prêmios emitidos. Ele lembrou que o quarto trimestre tem forte peso no resultado anual do setor uma vez que as pessoas contratam ou reforçam seus planos de previdência para abater do imposto de renda (IR).

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"Crescimento de 7,2% nominais não é ruim dada a conjuntura desfavorável, com a indústria de transformação caindo e a produção automobilística com desempenho negativo", avalia o presidente da CNseg.

A expansão do mercado de seguros neste ano vem sendo motivada, conforme ele, pelo ramo de pessoas. De janeiro a setembro, cresceu 12,5% ante um ano, impulsionado, principalmente pelo seguro de vida individual, cuja expansão passou dos 28%, na mesma base de comparação. Coriolano explica que o avanço tem por trás uma maior preocupação por parte das pessoas com o futuro de seus familiares por conta da conjuntura atual. O crescimento do seguro de vida individual superou, inclusive, o dos planos de previdência VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), de 17,8%.

Na outra ponta, ficaram os ramos elementares, que abrangem áreas como o seguro de automóvel, residencial, habitacional e rural. A área registrou leve alta de 0,3% nos prêmios emitidos de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Pesou, sobretudo, o desempenho do seguro de automóvel que em idêntico intervalo teve redução de 2,8% na esteira da crise que enfrenta a indústria automobilística.

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Coriolano chama atenção, porém, para o segmento de seguro residencial que obteve incremento de 8,5% no acumulado do ano em meio ao espaço que tem para crescer no Brasil já que ainda é baixo o número de pessoas que têm seguro para proteger seus imóveis. A modalidade habitacional, fundamental para a obtenção do crédito imobiliário, também teve forte contribuição ao avançar 10,4%.

As provisões técnicas do setor de saúde alcançaram R$ 746 bilhões de janeiro a setembro, montante 19,7% maior em relação ao mesmo intervalo de 2015. O ritmo está bem acima dos prêmios, com crescimento de 7,2% no período, ressaltando um descompasso entre os indicadores. Segundo Coriolano, a diferença das taxas indica uma piora da sinistralidade, mas que as seguradoras seguem solventes e conservadoras. As provisões técnicas são os recursos acumulados pelas seguradoras para fazerem frente a eventuais indenizações.

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"É bem provável que o mercado de seguros feche o ano perto de R$ 1 trilhão em ativos totais caso mantenha a taxa de expansão de cerca de 20% em relação ao montante alcançado em 2015, de R$ 789 bilhões", afirma o presidente da Cnseg.

Sobre 2017, ele diz que ainda é difícil fazer projeções. É preciso, conforme Coriolano, ter o quarto trimestre materializado. Além disso, pondera, há vários fatores que dependem de um desfecho e que podem influenciar o desempenho do mercado de seguros no próximo ano. Cita, por exemplo, a ampliação do seguro garantia para obras públicas, a reforma da previdência social, a aprovação do seguro de vida universal, que combina coberturas de previdência, e ainda eventos macros como a votação da PEC dos gastos públicos do governo e ainda a volatilidade gerada com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

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