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Economia

Levy defende debates abertos sobre cortes de gastos em 2016

Em relação à proposta de retorno da CPMF, o ministro disse que ela representa uma arrecadação de quase R$ 32 bilhões, o que equivale ao Bolsa Família

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Ministro da Fazenda apresentou quadro de embolia pulmonar e foi internado Foto: Estadão Conteúdo
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São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quinta-feira, 5, que em 2016 o Brasil terá de discutir abertamente os pontos onde o governo pode cortar seus gastos. Segundo ele, para isso precisará haver vontade política, consciência da sociedade sobre a importância do ajuste fiscal, e também de seus representantes no Congresso.

"Temos de discutir o que dá pra cortar. O governo já está fazendo reformas importantes, de médio prazo, no lado dos gastos", afirmou. Ele acrescentou que é preciso discutir o lado das receitas também. "No curto prazo, a maior parte dos países, para se manter, tem de fazer alguma coisa no lado dos impostos. Mas certamente no Brasil a proposta não pode ser resolver com impostos apenas", afirmou. O ministro reforçou que a meta de superávit primário para o próximo ano é a que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 0,7% do PIB.

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Em relação à proposta de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ministro disse que ela representa uma arrecadação de quase R$ 32 bilhões, o que equivale ao tamanho do Bolsa Família ou dos gastos com seguro-desemprego. "Se não tivermos determinado recurso, vamos ter de descobrir o que vamos deixar de gastar. Mas a vida vai ser mais difícil, vai trazer intranquilidade para as empresas e para a maneira como vão olhar o Brasil".

O ministro ressaltou que a CPMF é provisória, uma "ponte fiscal" para o futuro, mas destacou que o imposto tem algumas características importantes, como sua cobrança automática, que praticamente impossibilita a evasão, e também sua transparência. Falando na Fiesp, que tem feito forte campanha contra a volta do imposto, ele lembrou que em 1999 esse imposto que eles chamam de "monstro" ajudou a melhorar as contas públicas. "Resolvido o ajuste fiscal, teremos um ano muito bom para a indústria brasileira", argumentou.

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Segundo o ministro, não há fórmula mágica para solucionar o Orçamento, "não há dinheiro fácil encontrado no final do arco-íris".

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