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Economia

Tombini está na Austrália para 'assessorar Dilma'

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brisbane - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, teve a agenda alterada na última hora e está na Austrália desde o início da manhã desta quarta-feira (noite de terça no Brasil), 12. Ele foi a primeira autoridade brasileira a chegar ao encontro em Brisbane. Pessoas ligadas à delegação brasileira afirmam que o objetivo da viagem de Tombini é "assessorar a presidente Dilma Rousseff em temas relacionados à economia".

Originalmente, o Brasil seria representado no encontro de líderes pela própria presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A composição é explicada pela agenda do evento: o encontro de cúpula das 20 maiores economias do mundo tem programação dedicada apenas aos chefes de Estado e ministros de finanças. Não há agenda pública para banqueiros centrais nesse encontro final.

O calendário de viagens internacionais de Tombini - que informa com antecedência a agenda em outros países - não previa até o fim da semana passada participação no G-20. No próprio BC, a explicação ouvida há alguns dias citava que o encontro de cúpula não é um evento dedicado aos banqueiros centrais. Por isso, o presidente da casa não planejava ir.

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Ainda que a viagem tenha começado a ser costurada há mais tempo, o "ok" para a mudança agenda de Tombini só saiu na sexta-feira. Na tarde daquele dia, o banco suíço UBS foi avisado oficialmente que o presidente do BC cancelara a participação no painel "Relaxamento Quantitativo, o Carrossel Global" durante o UBS European Conference Agenda 2014. Motivo? "Mudança de agenda". O debate contou com nomes de peso como o presidente Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, e próprio presidente do UBS, Axel Weber.

Após as promessas de Dilma de mudança na economia e a sinalização de que Mantega não continuará no cargo no segundo mandato, a viagem inesperada de Tombini levanta questões e abre espaço para especulações. Membros da comitiva brasileira se esquivam ao serem questionados se a presença do presidente do BC indica que Tombini poderia ser escolhido como novo ministro da Fazenda.

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