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Economia

Focus revela temor com inflação acima do teto em 2015

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - Chama atenção no Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira, 10, o mau humor do mercado com a inflação de 2015. Principalmente do grupo de elite, o chamado Top 5, que tem suas projeções para a inflação de médio prazo destacadas por ser integrado pelos que mais acertam o resultado efetivo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Houve no documento divulgado hoje uma revisão para o índice deste ano em praticamente todos os prazos selecionados. Já para 2015, o Top 5 projeta um IPCA de 6,74%, portanto, bem acima do teto da meta de 6,50%. Para o grupo Top 5 de curto prazo, a mediana das estimativas para a inflação de 2015 também está superior à banda de cima da meta perseguida pelo BC, em 6,56%.

A tendência que costuma ser vista na Focus é que as previsões do mercado em geral rumem para o patamar adiantado pelo Top 5. Assim, se houve um alívio para 2014, mesmo com o aumento da gasolina (de 3%) e do diesel (de 5%), o foco de alta dos preços foi transferido para o ano que vem. As atuações mais recentes do Banco Central já miram para o próximo ano. Até porque, o prazo considerado como praxe para que os apertos de política monetária tenham efeito é de seis a nove meses.

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No comunicado que se seguiu à decisão inesperada de elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,00% para 11,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do mês passado, a diretoria colegiada deixou bastante claro que a ação tinha como objetivo o controle da inflação em 2015 e 2016.

"O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela manutenção da taxa Selic em 11,00% ao ano. Para o Comitê, desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável. À vista disso, o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016."

Apesar de a decisão ter sido dividida, a ata do Copom, divulgada na semana passada, deixou claro que a perspectiva de todos os membros do Comitê era de alta da Selic. A falta de unanimidade se deu pela questão do timing dessa elevação, já que os demais consideraram que, neste momento, seria melhor aguardar os efeitos dos ajustes dos preços relativos.

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Nessa mesma ata, o Copom salientou que há uma intensificação desses ajustes na economia, o que tornou o balanço de riscos mais desfavorável para a inflação. A instituição, inclusive, retirou da ata o trecho em que afirmava que pressões inflacionárias tendem a arrefecer. Nesse cenário, o BC agora fala que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" para minimizar os riscos de que os níveis elevados de inflação persistam. A palavra "especialmente" não constava no documento anterior.

De acordo com o documento, a diretoria colegiada informou que elevou as projeções de inflação para 2014 e 2015 em quase todos os cenários. O BC aumentou a projeção para o IPCA de 2014 tanto no cenário de referência quanto no de mercado em relação ao valor considerado na reunião de setembro, e a estimativa permanece acima do centro da meta de 4,5%. Para 2015, a projeção aumentou no cenário de referência, mas recuou no de mercado. Nos dois casos, a estimativa para o indicador continua acima da meta.

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