Produção da indústria química cresce 1,42% no 2º quadrimestre
No mesmo período as vendas internas aumentaram 2,11% e o consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção somada à importação menos a exportação, cresceu 8%
Os volumes de produção de químicos de uso industrial cresceram 9,08% no segundo quadrimestre em comparação com os quatro primeiros meses do ano. No mesmo período as vendas internas aumentaram 2,11% e o consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção somada à importação menos a exportação, cresceu 8%, segundo informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Na comparação com o segundo quadrimestre de 2017, o segmento também exibiu resultados positivos: a produção cresceu 1,42%, as vendas internas 0,75% e o consumo aparente nacional 1,3%.
Segundo afirmou, em nota, a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a recuperação dá um alívio ao setor que teve sucessivas quedas entre março e maio. "Os dados sinalizam um movimento de recuperação de estoques na cadeia como um todo, também por conta da sazonalidade típica deste período do ano", disse.
De janeiro a agosto ante iguais meses do ano passado, o índice de vendas internas cresceu 2,55% e de setembro de 2017 a agosto de 2018 teve expansão de 2,44%. "Essa melhora nas vendas internas mostra um ganho de participação de mercado para o produtor local em relação à demanda por produtos químicos no mercado nacional, que pode estar sendo influenciada pela volatilidade do dólar e também pela alta de preços dos produtos químicos no mercado internacional", afirma Fátima.
Já índice de produção apresentou declínio de 2,62% de janeiro a agosto deste ano, sobre igual etapa do ano passado, e de 0,44%, de setembro de 2017 a agosto de 2018. O CAN também teve queda de 2,4% nos últimos 12 meses.
Em agosto, o índice de utilização da capacidade instalada foi de 82%, mesma taxa de julho, e melhor nível operacional em todo o ano. Destacam-se, em agosto, o grupo de produtos solventes industriais, que operou a 89%, resinas termoplásticas, que rodou a 88%, e intermediários para fibras sintéticas, que exibiu taxa de ocupação de 86%. A média de utilização da capacidade instalada, de janeiro a agosto, foi de 77%.