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Economia

Tombini diz estar comprometido em levar a inflação ao centro da meta em 2016

Presidente também afirmou que, para que o objetivo de convergência inflacionária seja atingido, as atuais condições monetárias serão mantidas por "período suficientemente prolongado"

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Tombini reconheceu que o Brasil passou por uma depreciação cambial "importante" que refletiu diretamente nas taxas juros de mercado Foto: Agência Brasil

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reafirmou nesta quinta, 8, o compromisso da autoridade monetária em fazer a inflação convergir para o centro da meta, de 4,5%, ao fim do ano que vem. "Estamos a 15 meses do fim de 2016 e estamos comprometidos com nossa meta", disse em sessão de perguntas e respostas de um painel sobre novos desafios para os bancos centrais da América Latina, durante o encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Lima, no Peru.

Repetindo literalmente a comunicação oficial do BC, Tombini também afirmou que, para que o objetivo de convergência inflacionária seja atingido, as atuais condições monetárias serão mantidas por "período suficientemente prolongado".

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No painel, que contou também com os chefe das autoridades monetárias de Chile, Peru, Colômbia e México, Tombini reconheceu que o Brasil passou por uma depreciação cambial "importante" recentemente, que refletiu diretamente nas taxas juros de mercado. O presidente do BC explicou que essas taxas variaram devido a eventos recentes na economia, como a alta do dólar e mudanças no panorama fiscal, e por isso não servirão de guidance para a política monetária. Para ele, parte deste efeito já se dissipou.

Depois de citar estes riscos de alta para a inflação, Tombini pontuou que também existem fatores que podem arrefecer o ritmo da alta de preços. "Qualquer que fosse o hiato do produto no RTI (Relatório Trimestral de Inflação) de junho, ele foi marcadamente revisado em setembro, o que também puxa a inflação para baixo". Neste aspecto, o presidente da autoridade monetária citou ainda a distensão do mercado de trabalho. Segundo ele, havia um descolamento entre uma economia em desaceleração e um mercado de trabalho apertado, com taxa de desemprego ainda reduzida. "O que vimos recentemente foi o acompanhamento do mercado de trabalho com o ciclo de negócios, de certa forma", avaliou.

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Ele reconheceu, no entanto, que o efeito do câmbio na inflação é muito mais rápido do que aquele produzido pela desaceleração da economia.

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