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Economia

RC Consultores: risco de inflação romper teto está maior

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O avanço da inflação de alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de outubro é preocupante, pois o grupo deve seguir acelerando nos próximos meses, avaliou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o economista Marcel Caparoz, da RC Consultores.

"A inflação permanece pressionada, o que reforça os sinais de preocupação. A tendência é que nos próximos meses a taxa venha até mais forte, com risco de o IPCA ficar acima de 6,50%", disse, completando que, por enquanto aguarda inflação de 6,45% para o dado fechado deste ano.

O economista ressaltou que a variação de 0,48% apurada no IPCA-15 de outubro é a mesma registrada em igual mês do ano passado, quando o índice acumulado ficou em 5,75% em 12 meses. Já o acumulado em 12 meses até outubro de 2014, como informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 6,62%. "Está no limite de romper o teto", reforçou.

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A despeito do comportamento ainda benigno de alguns itens alimentícios, Caparoz ponderou que esses produtos têm um peso menor no indicador, enquanto as carnes, que avançaram 2,38%, acabam por influenciar mais a inflação. "Batata e ovo, por exemplo, estão caindo, mas quase tudo está subindo. De maneira geral, o forte retorno da inflação de alimentos para o campo das altas, após um tempo no negativo, preocupa", disse.

Além da cautela em relação à inflação de alimentos, o setor de Serviços segue resistente e gerando pressão inflacionária, disse o economista. Segundo ele, o grupo Serviços continua rodando na faixa de 8% e não dá nenhuma indicação de que irá convergir para a meta, de 4,50%. "Com a economia mais fraca e o emprego crescendo menos, a expectativa é que leve a uma demanda menor por serviços. Os sinais são de menor pressão de Serviços", avaliou.

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Já os preços livres, disse Caparoz, podem desacelerar, na contramão dos administrados, que estão voltando com força. "Os monitorados chegaram a acumular 0,9% em 12 meses no ano passado, influenciados pela redução da energia elétrica, do reajuste.

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