Bancários analisam nova proposta e greve pode terminar na próxima terça-feira
A Fenaban propôs a compensação dos dias paralisados durante a greve, na forma de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro
Pressionada pela greve da categoria, a Federação Nacional dos Bancos convocou o Comando Nacional dos Bancários para nova rodada de negociação na tarde da última sexta-feira (04) em São Paulo. Os bancos elevaram a proposta de índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição.
A proposta será analisada na próxima segunda-feira (6) em assembleias regionais, informou a confederação. A previsão é que os bancários retornem ao trabalho na próxima terça-feira (7), segundo a assessoria de imprensa da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
A greve dos bancários chegou ao quarto dia nesta sexta (03), paralisando 10.355 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal, sendo 248 só no Espírito Santo.
Assembleia
A nova proposta da Fenaban será submetida à categoria em assembleia geral nesta segunda-feira (6) às 18h30, no Centro Sindical dos Bancários, no Forte São João, em Vitória. A assembleia acontece em substituição das plenárias de avaliação da greve que seriam realizadas na mesma data.
Outros pontos da proposta
A proposta inclui ainda os avanços apresentados pelos bancos ao longo das negociações sobre saúde e condições de trabalho, tais como:
Adiantamento de 13º salário para os afastados - Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados.
Reabilitação profissional - Cada banco fará a discussão sobre o programa de retorno ao trabalho com o movimento sindical.
Gestantes - As bancárias demitidas que comprovarem estar grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente.
Casais homoafetivos - Os bancos irão divulgar a cláusula de extensão dos direitos aos casais homoafetivos, informando que a opção deve ser feita diretamente com a área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações.
Novas tecnologias - Realização de seminários periódicos para discutir sobre tendências de novas tecnologias.
Campanha sobre assédio sexual - Os bancos assumiram o compromisso de realizar uma campanha junto com os bancários para combater o assédio sexual no trabalho.