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Economia

Déficit em conta corrente deve seguir elevado, diz Besi

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - O déficit em conta corrente do Brasil em setembro, de US$ 7,907 bilhões, ficou perto da projeção do Besi Brasil, de US$ 7,7 bilhões. Mesmo assim, isso não significa que o dado seja positivo e o rombo nas contas externas deve continuar elevado nos próximos meses, segundo o economista-sênior do banco, Flávio Serrano.

De acordo com ele, a recente depreciação do real até tem algum efeito de redução do déficit, mas que é ofuscado pela inflação elevada, que tira a competitividade do produto brasileiro. "O que importa é o câmbio real", explica. Por outro lado, a alta do dólar não tem tirado o ímpeto dos brasileiros de viajar, com o déficit da conta de viagens internacionais em US$ 1,894 bilhão em setembro. Serrano aponta que, para os turistas, a alta de 6%, 7% do dólar não tem tanto efeito, significando um gasto maior de cerca de R$ 300. "Isso não faz tanta diferença para os viajantes, que muitas vezes parcelam esses gastos".

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Serrano diz que os números parciais da balança comercial em outubro estão bastante negativos, contrariando as estimativas de superávit em função da sazonalidade positiva. Por isso, ele acredita que o resultado em conta corrente deste mês deve vir com forte saldo negativo. Para 2014, o Besi estima que o rombo deve ficar em torno de 3,7% do PIB, próximo do nível atual no acumulado do ano.

O analista diz que o déficit na conta corrente certamente aumenta a fragilidade da economia brasileira, mas provavelmente não será o fator determinante para o futuro do rating brasileiro. Para ele, as agências de classificação de risco estão mais preocupadas no momento com fatores internos, como o baixo crescimento e o aumento da dívida pública. "Além disso, boa parte do déficit ainda é financiada por investimento estrangeiro direto (IED) e nós temos reservas internacionais consideráveis".

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Segundo o economista, apesar da desaceleração da economia brasileira, o déficit em conta corrente vai continuar elevado por um bom tempo, já que o modelo econômico do governo visa estimular o consumo, enquanto os investimentos estão em queda. "Esse descompasso entre oferta e demanda continua existindo e nós precisamos da poupança externa", conclui.

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