Economia do ES cresce 3% no 2º trimestre de 2022
A alta, registrada no comparativo com o mesmo período do ano passado, foi impulsionada pelo bom desempenho dos setores de serviços, comércio e agronegócio
A economia do Espírito Santo apresentou crescimento de 3% no segundo trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação é do Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) divulgado nesta quinta-feira (15). A alta foi impulsionada pelo bom desempenho dos setores de serviços, comércio e agronegócio.
Segundo a presidente da Findes, Cris Samorini, apesar de um ambiente de incertezas posto ao longo do ano, foi possível notar o retorno cada vez mais efetivo da atividade econômica, tanto no Brasil quanto no Espírito Santo.
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Também de acordo com análise de Samorini, houve melhora do mercado de trabalho, com a redução da taxa de desocupação. A taxa no país passou de 11,1% para 9,3%, enquanto no Estado ela caiu de 9,2% para 8%, na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano.
“Isso é uma excelente notícia. No primeiro semestre do ano, a indústria foi responsável pela geração de mais de 8,7 mil empregos formais no Estado”, enfatizou.
Desempenho dos setores
Na comparação entre o segundo trimestre de 2022 com o mesmo período do ano anterior, é possível destacar também o bom desempenho do setor de serviços (5,9%), que cresceu pelo sétimo trimestre consecutivo. Sozinho, ele corresponde a 58,4% da economia capixaba.
Entre as atividades desenvolvidas pelo setor, transportes é a que se destaca, crescendo 14% no segundo trimestre do ano, frente ao segundo trimestre do ano passado. Atualmente, o segmento no Espírito Santo já superou em 18,8% o nível pré-pandemia, enquanto no Brasil ele ultrapassou em 11,8%.
Já o agronegócio teve alta de 2,6%, com destaque para a produção agrícola com alta de 5,4%. As lavouras de café, banana, cana-de-açúcar e pimenta-do-reino contribuíram para o resultado. Por outro lado, a pecuária capixaba recuou 1,2%, no mesmo período, devido aos números de produção de aves e ovos e de leite.
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Indústria registra queda explicada por cenário global
A indústria registrou queda de 3,5%, explicada, principalmente, pelo cenário global, como apontou a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva.
Nas palavras dela, o segundo trimestre deste ano foi marcado pela aceleração do processo inflacionário global, seguido pelos anúncios de aumentos das taxas de juros pelos Bancos Centrais das principais economias mundiais, como instrumento de controle da alta dos preços, movimento também observado para o Brasil.
O recuo da indústria deve-se ao desempenho da indústria extrativa (-11,9%) e de transformação (-1,5%), que tiveram resultados negativos, enquanto energia e saneamento (8,7%) e construção (5,2%) cresceram no mesmo período.
No recorte da indústria da transformação, houve alta na fabricação de papel e celulose (18,5%) e na produção de alimentos (5,2%). Por outro lado, minerais não metálicos (-7,2%) e metalurgia (-5,6%) tiveram desempenho negativo.
No caso da indústria extrativa, enquanto a pelotização e outras atividades cresceram 14,5% no segundo trimestre deste ano, petróleo e gás natural recuaram 30,6%, o que contribuiu para o resultado negativo da atividade.
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Setor da Construção
A indústria da construção no Espírito Santo teve crescimento no 2º trimestre deste ano de 2,8% quando comparado ao 1º trimestre de 2022, também na análise do 1º semestre do ano, o segmento acumulou alta de 3,5%.
A indústria da construção compõe uma das quatro atividades industriais pesquisadas pelo Indicador e responde por 17% da indústria capixaba. Por sua vez, a indústria geral representa 22% da estrutura econômica do Estado.
Em termos de nível de atividade, a construção seguiu, pelo sétimo trimestre consecutivo, acima do nível pré-pandemia, ou seja, ao quarto trimestre de 2019. A superação desse patamar em nível estadual foi de 20,7% nesse segundo trimestre, ao passo que ao nível nacional a superação foi de 12,5%.
Economia capixaba cresceu no primeiro semestre do ano
De janeiro a junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia capixaba avançou 3,6%, segundo o IAE-Findes.
Tanto o setor de serviços quanto o da agropecuária cresceram nesta comparação, registrando altas de 6,2% e de 2,3%, respectivamente. Já a indústria contraiu 2,1%, puxada pela queda da indústria extrativa (-11,1%).
Para o país, houve crescimento de 2,5% na economia, motivado pelo setor de serviços (4,1%) e pela estabilidade da indústria (0,2%), enquanto a agropecuária recuou 5,4%.
Queda no comparativo de trimestres de 2022
Apesar de todos os pontos positivos, é possível observar que houve uma ligeira queda na atividade econômica capixaba, de 0,9% no 2° trimestre em comparação com o 1º trimestre de 2022, mostrou a Findes.