Tecnologia x papel: será que os meios digitais vão acabar com o papel?

Vez ou outra tem gente que fala que o papel vai acabar por causa do avanço da tecnologia. O brasileiro é um dos campeões mundiais em tempo online, ficamos em média nove horas por dia conectados. Mesmo assim o papel tem lugar garantido nas mais diversas atividades do nosso cotidiano.

Veja só nas escolas,  os pequenos leitores começam com o incentivo dos livros impressos. A sensação de folhear as páginas, se encantar com as ilustrações, conhecer as palavras e desenhar cada letra tem papel fundamental na educação infantil.

"É importante que a criança tenha contato com diversos portadores de texto, tanto os eletrônicos como no papel, para desenvolver habilidades sociais, emocionais, cognitivas e psicomotoras. Além disso a criança precisa do papel para desenhar e colocar em ação todo o senso estético e a sua manifestação artística", afirma a diretora escolar, Sylvana Torres Poças. 

Livro e prazer

Na era digital, o livro é um sobrevivente, que viu nascer, crescer e morrer mídias como LP, fita cassete, CDs e DVDs e mesmo assim continua de pé. Surgiram os e-books, mas não é qualquer livro que podemos achar no formato digital. E quem gosta de livro, gosta muito e não abre mão de ter a sensação de segurar, folhear e ler página por página, viver todas as possibilidades que a leitura tem. E ainda tem a parte visual, livros tem capas atraentes.

Diferencial do produto

Ficar o tempo todo conectado nas redes sociais aumenta o contato com as mais diversas marcas de produtos. O que então pode fazer diferença na hora de ganhar o cliente? 

"Uma boa embalagem faz a diferença. É um elemento fundamental do produto, é preciso agregar design às embalagens, pensar em sustentabilidade e no uso de materiais biodegradáveis como o papel. O cliente vai ter uma experiência única", explica a diretora administrativa do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo, Cristhine Samorini.

Quem não se rende a um presente ou produto com uma embalagem diferenciada? Também não dá para menosprezar o charme das cartas, bilhetes, cartões e a paixão pela escrita, que mexem com o emocional das pessoas. Muita gente guarda papéis escritos que  fazem lembrar de momentos especiais, são recordações que não tem preço.

O futuro do papel

As embalagens de papel estão mais presentes no nosso cotidiano do que a gente imagina. No nosso dia a dia, a gente vê vários exemplos: muitos produtos deixaram de lado latas de alumínio e agora vem em caixinhas de papel, os medicamentos são protegidos por caixas de papel, quando vamos fazer lanches, o sanduíche, a batata frita também vem em atraentes embalagens de papel.

A linha de papel cartão, esse das embalagens, é a que mais cresce na Suzano, fábrica de papel e celulose que tem uma das bases em Aracruz, no norte do Espírito Santo. O ritmo de crescimento do papel cartão é de aproximadamente 4% ao ano, nos últimos dois anos

O papel cartão é usado em embalagens para os setores alimentício, farmacêutico e cosmético. E quando o poder aquisitivo da população cresce, aumenta também a utilização de embalagens e, consequentemente, o consumo de papel cartão.

Um outro tipo de papel que muita gente não percebe, mas está sempre em nossas vidas é o papel chamado sanitário. Quer ver só? Papel higiênico, papel toalha, fraldas, absorventes, guardanapos são alguns exemplos.

Todos esses tipos de papéis são produzido na unidade da Suzano que fica em Mucuri, no sul da Bahia. Nos últimos 12 meses foram confeccionadas 230 mil toneladas de produtos feitos de papel. E o abastecimento de celulose para essa fabricação vem da unidade de Aracruz, no Espírito Santo. A Suzano é a maior produtora de celulose do mundo e a fábrica do nosso estado é responsável por grande parte dessa produção.

Quer saber mais sobre o futuro do papel no Brasil e no mundo? Veja o vídeo com o gerente executivo industrial da Suzano, Marcelo de Oliveira. 

A variedade de tipos de papel é um dos motivos que levam a crer que esse é um material com vida longa, mesmo em meio ao mundo digital. O papel é usado no nosso cotidiano e nem sempre percebemos. O gerente executivo de celulose da Suzano, Leonardo Mendonça Pimenta fala sobre os diferentes tipos de papel: