Alta do dólar não deve ser tomada com surpresa, diz presidente do BNDES
"Se atualizarmos o câmbio de 2002, daria a mais de R$ 8,00. O que estamos assistindo é 50% do nível de estresse de 15 anos atrás e isso mede a evolução que tivemos enquanto economia e País", citou Oliveira
A alta para perto de R$ 4,20 do dólar observada na quinta-feira, 13, não deve ser tomada com surpresa, já que esse é um evento recorrente nos processos pré eleitorais. A avaliação é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo de Oliveira, realizada nesta sexta-feira, 14, na abertura do Fórum Brasileiro das Incorporadoras, promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo.
"Se atualizarmos o câmbio de 2002, daria a mais de R$ 8,00. O que estamos assistindo é 50% do nível de estresse de 15 anos atrás e isso mede a evolução que tivemos enquanto economia e País", citou Oliveira.
De acordo com ele, o comportamento não é minimamente comparável com o que o País viveu nas últimas cinco décadas, "em que a economia tinha dependência de uma ou duas commodities agrícolas, para uma economia ainda de commodities mas diversificada".
Oliveira relembrou que o Brasil convive com equilíbrio da balança, reservas internacionais, inflação controlada e um regime institucional sólido.
"O impacto da eleição nas nossas vidas e decisões econômicas é menor, porque já avançamos em várias pautas, o que fará com que nenhum dos candidatos ande para trás em pautas já consolidadas", previu.
De acordo com ele, qualquer que seja o presidente eleito, haverá continuidade aos grandes avanços obtidos, embora "cada um deva colocar seu encaminhamento, pode ter mais ou menos impacto no crescimento".