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Economia

Tarifa branca começa em janeiro de 2018, diz Aneel

Para ter acesso à tarifa branca, é preciso solicitar a migração para a distribuidora. Essas empresas terão 30 dias para instalar um novo medidor, capaz de verificar o consumo de acordo com o horário

Redação Folha Vitória
audima
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Clientes que mudarem o horário de maior consumo de energia da noite para o dia poderão pagar uma conta de luz mais barata a partir do ano que vem. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter o início da vigência da tarifa branca em janeiro de 2018. A estimativa é que seja possível gastar entre 10% e 20% a menos.

A tarifa branca é um regime tarifário que considera o horário do consumo para definir do preço da energia. Atualmente, o consumidor paga o mesmo valor pela energia em todos qualquer horário do dia, seja manhã, tarde, noite e madrugada.

Com a tarifa branca, a energia fica mais cara por três horas no momento em que a rede é mais demandada: dias de semana, no início da noite, normalmente entre 18h e 21h. Uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, o custo será intermediário; e nos demais horas do dia, ela será mais barata. Nos fins de semana, não haverá essa diferenciação.

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Cada empresa tem suas especificidades. Na Eletropaulo, por exemplo, que atua na Região Metropolitana de São Paulo, o horário de ponta será das 17h30 às 20h30. Já na Cemig, que fornece energia em Minas Gerais, o horário de ponta será das 17h às 20h.

O início da noite concentra um consumo de energia mais elevado, pois é o horário em que as pessoas normalmente voltam para casa do trabalho e tomam banho. Além do chuveiro elétrico, o ar condicionado é um dos itens que mais consomem energia.

Para ter acesso à tarifa branca, é preciso solicitar a migração para a distribuidora. Essas empresas terão 30 dias para instalar um novo medidor, capaz de verificar o consumo de acordo com o horário. Não haverá custo para o consumidor.

Inicialmente, apenas aqueles com consumo acima de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês poderão solicitar o serviço, além de ligações de novos clientes. A Aneel estima que esse grupo represente 4,5 milhões de clientes.

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A partir de janeiro de 2019, aqueles com consumo superior a 250 kWh por mês poderão migrar, ou cerca de 15,9 milhões de clientes. A partir de janeiro de 2020, qualquer pessoa poderá solicitar a migração para a tarifa branca. Em média, uma família brasileira consome cerca de 150 kWh mensais.

A Associação Nacional de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) havia solicitado um adiamento na vigência da tarifa branca, mas o pedido não foi aceito pela Aneel. As empresas temem perder receitas com a adesão de clientes que, por coincidência, já consomem pouca energia no horário de ponta.

Antes de migrar para a tarifa branca, o consumidor deve analisar se consegue efetivamente se adequar ao sistema. Caso seja difícil mudar o horário do banho para o dia ou para a madrugada, será mais barato permanecer no regime atual. A mudança é opcional.

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A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Proteste alerta os consumidores para não decidirem pela tarifa branca no impulso. De acordo com a entidade, a tarifa branca deve reduzir em 17% o valor da energia fora do horário de ponta. Porém, no horário de ponta, a energia deve ficar 84% mais cara.

"Ela pode ser uma armadilha para muita gente, principalmente para as pessoas que passam o dia todo fora de casa", diz a entidade, em seu site. A Proteste recomenda a adesão de pessoas que moram sozinhas e daquelas que estudam ou trabalham à noite.

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