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Economia

Leroy fica com área de Congonhas por R$ 40 mi

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Brasília - Um consórcio formado pela Leroy Merlin e a Creative Real Estate venceu a disputa pela área de 28,5 mil metros quadrados no Aeroporto de Congonhas. O terreno, antigamente ocupado pela Vasp, será explorado comercialmente pelo prazo de 25 anos e saiu pelo preço mínimo de R$ 40 milhões fixado no edital, uma vez que só houve um concorrente. O resultado foi oficializado pela Infraero na segunda-feira.

Segundo documentos publicados no site da estatal, os R$ 40 milhões serão pagos em três parcelas, sendo que a primeira, de R$ 20 milhões, será quitada em até dez dias úteis após a assinatura do contrato. As outras duas parcelas, de R$ 10 milhões cada, serão pagas no 12.º e 24.º mês do contrato. Pelo uso do espaço, serão pagos R$ 390 mil ao mês ou 3% do faturamento bruto, o que for maior.

O negócio, porém, corre sério risco de virar uma disputa administrativa ou judicial, por causa da decisão de conceder Congonhas à iniciativa privada. Segundo fontes do governo, não é certo que o concessionário aceitará e honrará o contrato de exploração daquela área, pois a própria licitação ocorreu em bases controversas.

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Segundo mostrou a reportagem no sábado,16, aeroportos em vias de serem concedidos estão proibidos de celebrar contratos para exploração de áreas comerciais por prazo superior a 24 meses, conforme determina portaria publicada pelo Ministério dos Transportes em abril do ano passado.

Exceções

O processo em andamento na Infraero, porém, não está ilegal. Primeiro, porque a própria portaria admite exceções. E, principalmente, por um detalhe: ainda falta publicar um decreto oficializando a intenção de conceder o Aeroporto de Congonhas, embora o governo já tenha anunciado.

Essa explicação, porém, vem sendo questionada nos bastidores. Segundo fontes, a própria ata da reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que decidiu conceder Congonhas já cumpriria o papel de formalizar a decisão.

A licitação do terreno causou desconforto em alas do governo. Técnicos já foram procurados por investidores internacionais que queriam entender por que esse processo foi deflagrado às vésperas da concessão.

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Para outros envolvidos, a ação da Infraero tira credibilidade da concessão, além de pôr em risco o ágio esperado para o leilão, que tem lance mínimo previsto em R$ 6 bilhões pela outorga. Não é segredo que a estatal é contra a concessão. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, já disse que analisará a situação. Há expectativa de que ele dê um "freio de arrumação" no processo.

"O que causa perplexidade é que eles retiraram do concessionário a opção de como melhor explorar a área", comentou o advogado Carlos Alberto Siqueira Castro, sócio sênior do escritório Siqueira Castro. Pior ainda no caso de Congonhas, aeroporto que tem pouco espaço para crescer. Para ele a assinatura do contrato poderá afetar negativamente os lances no leilão.

O professor da Universidade de São Paulo Vitor Rhein Schirato, sócio do RSMC Advogados, acha que o aluguel do terreno não ajuda o processo de concessão de Congonhas: "Ainda assim, é algo em que todos os operadores de aeroporto têm interesse". Ele acha que, com ou sem contrato de aluguel do terreno, a disputa será grande.

Procurada, a Leroy Merlin não se posicionou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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