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Economia

Queda no IPP foi puxada por outros produtos químicos e alimentos, diz IBGE

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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Rio - As reduções nos preços dos segmentos outros produtos químicos e alimentos deram as maiores contribuições para a queda de 0,26% registrada pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês, os produtos alimentícios ficaram 0,71% mais baratos, o equivalente a um impacto de -0,15 ponto porcentual, enquanto os outros produtos químicos caíram 2,54%, ou -0,24 ponto porcentual.

"O IPP foi puxado para baixo pelo comportamento de alimentos, que é importante porque é a maior atividade, junto com outros que já estavam negativos, como outros produtos químicos", apontou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE. "No caso de alimentos é a soja, por causa da entrada da safra americana, e leite, que está baixando de preço por causa do fim da entressafra", acrescentou.

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O setor de Alimentos tem o maior peso no indicador, responsável por 22,26% do IPP de agosto. Já o setor de outros produtos químicos teve influência de efeitos do mercado internacional sobre o etileno, fertilizantes, herbicidas e propileno.

Em agosto, 11 das 24 atividades pesquisadas apresentaram aumentos de preços na porta de fábrica. A maior alta foi registrada pelas indústrias extrativas (4,15%), seguidas por metalurgia (1,51%). Ambas também deram as principais contribuições positivas para o total do indicador, impedindo uma queda maior no IPP.

As Indústrias extrativas impactaram em 0,11 ponto porcentual, enquanto metalurgia contribuiu também com 0,11 ponto porcentual. Segundo Brandão, os preços da Indústria extrativa tiveram influência do mercado internacional, enquanto a metalurgia aposta numa recuperação de margem principalmente da siderurgia principalmente, já que os preços do cobre e do alumínio estão caindo.

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Outro destaque foi a alta de 0,73% registrada por veículos, que impulsionaram o avanço de 0,92% nos preços dos bens de consumo duráveis no mês. Como os automóveis respondem por 60% dos bens duráveis, o gerente da pesquisa lembra que qualquer variação pequena de preços tem influência sobre o resultado final. Segundo ele, o aumento de veículos impediu também uma queda maior no IPP de agosto.

"Bens de consumo duráveis sobem muito por conta de veículos. Algumas empresas já começaram a lançar modelos para o ano que vem, então o preço fica mais alto", explicou Brandão.

Bens de capital

Os bens de capital ficaram 0,16% mais baratos na porta de fábrica em agosto ante julho, dentro do IPP divulgado pelo IBGE. Já os preços dos bens intermediários diminuíram 0,44%.

Quanto aos bens de consumo, houve ligeiro aumento de 0,02%, sendo que os bens de consumo duráveis avançaram 0,92% e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuaram 0,26%.

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A maior contribuição para a redução de 0,26% registrada no IPP de agosto foi -0,25 p.p. de bens intermediários (-0,25 ponto porcentual), seguida por bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,07 p.p.), bens de capital (-0,01 p.p.) e bens de consumo duráveis (0,08 p.p.).

Real x dólar

A valorização do real ante o dólar tem contribuído para a deflação registrada na porta de fábrica no País em 2016. A queda de cerca de 9% da moeda americana contabilizada nos oito primeiros meses do ano ajudaram no recuo de 0,93% verificado pelo IPP.

"Dos últimos dez resultados do IPP, sete são resultados negativos . A gente está num ambiente de apreciação do real. O real teve valorização de 17% ante o dólar nos últimos 12 meses. No acumulado do ano, o real subiu cerca de 9% ante o dólar", ressaltou Alexandre Brandão.

De janeiro a agosto, as maiores quedas ocorreram em outros produtos químicos (-13,07%), outros equipamentos de transporte (-10,88%) e fumo (-10,31%). A maior alta foi na atividade de impressão (10,21%).

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Os setores de maior influência sobre o resultado do IPP foram outros produtos químicos (-1,40 ponto porcentual), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,58 ponto porcentual) e outros equipamentos de transporte (-0,28 ponto porcentual). Na direção oposta, o segmento de alimentos (1,40 ponto porcentual) pressionou a taxa.

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