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Economia

Com a crise, Estados perderam competitividade

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - A crise afetou dois indicadores de desempenho da competitividade dos Estados: a solidez fiscal e o potencial de consumo. Nesses dois quesitos, que sentem de frente o baque da atividade econômica, foram registradas as maiores movimentações no ranking de competitividade das 27 unidades da federação, revelou a edição de 2016 do ranking de competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Economist Intelligence Unit e a Tendências Consultoria.

No estudo deste ano, foram consideradas 65 variáveis referentes a 2015, agrupadas em dez quesitos. No indicador geral de competitividade de 2016, não houve mudanças em relação à edição do ano passado na posição ocupada pelos quatro primeiros Estados. São Paulo, seguido por Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal mantiveram as colocações de 2015.

São Paulo

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Fabio Klein, analista de finanças públicas da Tendências, disse que os Estados mais ricos que estão no topo da lista conseguiram manter o status porque o desempenho favorável de outros quesitos compensou o resultado ruim da situação fiscal. São Paulo, que lidera o ranking de competitividade por dois anos seguidos, não tem posição tão confortável no quesito solidez fiscal: ocupa a 15.ª posição. Foi a pior colocação do Estado entre os dez grupos avaliados.

"Nos pilares inovação e potencial de mercado, que têm a ver com o tamanho da economia e com a capacidade de investir em pesquisa e desenvolvimento, São Paulo sempre sai na frente, assim como infraestrutura", disse Klein.

Neste ano, Roraima liderou o ranking de solidez fiscal, seguido pelo Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá. O que chama atenção é que esses Estados tiveram uma ascensão significativa na parte fiscal durante o último ano, apesar de, na classificação geral, não terem alcançado posição de destaque, exceto no caso de Mato Grosso do Sul.

Norte

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Klein explicou que Roraima é o primeiro no ranking fiscal e ascendeu 12 posições porque neste ano foi incluído no quesito o resultado primário - receitas menos despesas, sem incluir juros. "Roraima tem o melhor resultado primário, além de um endividamento muito baixo." Isso coloca o Estado no topo ante os demais.

Klein explicou o baixo endividamento dos Estados do Norte e Nordeste faz com que eles gastem menos com a dívida. Já nos Estados do Sul e do Sudeste, o desafio fiscal é maior. Isso porque o endividamento é mais elevado. Também são Estados mais industrializados e foram mais afetados pela crise.

Minas Gerais e Rio de Janeiro ocupam as últimas posições no ranking de solidez fiscal pelo fato de terem endividamento elevado. "Quem deve quebra", disse o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), presente ao evento de premiação. Ele fez referência aos juros de 14,25% ao ano.

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Klein destacou que o Paraná foge à regra dos Estados do Sul e do Sudeste. O Paraná, conseguiu se sair bem no conjunto fiscal e também no desempenho de outros indicadores. "Fizemos o ajuste fiscal em 2014, reduzimos mil cargos comissionados e ampliamos em 8% o investimento", disse Beto Richa, governador do Paraná (PSDB).

Para Luiz Felipe d'Avila, diretor presidente do CLP, o ranking deste ano é uma fotografia de um dos momentos mais críticos: combina crise da economia com aumento do gasto público. "A crise é uma oportunidade para fazer as reformas estruturais que o Estado precisa." Segundo ele, a PEC do gasto público, a reforma da Previdência e a reforma trabalhista são imprescindíveis para retomar a competitividade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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