Comércio perde até R$ 4 milhões com protesto de ônibus na Grande Vitória
Os consumidores deixam de ir às ruas em função da falta de transporte público, responsável por locomover mais de 80% dos trabalhadores, afirma presidente da Fecomércio
A paralisação dos rodoviários, que aconteceu nesta terça-feira (30), causou prejuízos na Grande Vitória. No comércio capixaba as perdas de faturamento variam de R$ 3 a 4 milhões, de acordo com dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES).
Segundo José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES, a perda de faturamento acontece, principalmente, porque os consumidores deixam de ir às ruas em função da ausência de transporte público, responsável por locomover mais de 80% dos trabalhadores do comércio.
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“Nessas situações as pessoas não saem de casa sem transporte. Elas só vão fazer compras daquilo que realmente são de grande necessidade. Hoje, as lojas que abriram funcionaram com o mínimo de efetivo, o que atrapalhou as vendas, e ainda tivemos a greve dos bancários, que contribuiu para esse cenário”, destaca.
Caso o funcionário não consiga chegar ao local de trabalho por causa do transporte, o patrão tem de abonar a falta, pois a ausência do funcionário aconteceu “por motivo de força maior”.
Em Vitória, dentro das lojas era possível ver poucos clientes. Nas que estavam praticamente vazias, os vendedores aproveitavam para ler o jornal. Muitos funcionários que estavam trabalhando os patrões buscaram em casa.
Em vila velha a situação não foi diferente. No Pólo de Confecções da Glória, que em dias normais fica bastante movimentado, nesta terça-feira ficou praticamente parado.