Nível de atividade da indústria paulista recua 2,2% em julho ante junho
O indicador de nível de atividade (INA) da indústria paulista recuou 2,2% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, revelaram nesta quinta-feira, 30, a Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). Sem ajuste sazonal, o indicador registrou queda de 1,1% em julho ante igual mês de 2017. Já no acumulado até o sétimo mês do ano ante igual período do ano anterior, houve alta de 5,0% no indicador.
Em nota à imprensa, o segundo vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, aponta que o dado de julho reforça a lentidão da retomada da atividade industrial paulista. "Retomamos aquele crescimento lento, inferior até ao que imaginávamos no começo do ano, o qual deve ser mantido nos próximos meses", afirma. "O ambiente de negócios mudou bastante em decorrência de algumas variáveis, como o cenário eleitoral incerto e o dólar em alta, que, embora ajude nas exportações, afeta muito as matérias-primas e o custo dos produtos intermediários", explica Roriz.
Dos 20 segmentos pesquisados, 15 apresentaram queda. "No entanto, não sentimos indicação de que vamos ter uma queda da atividade. Há uma estabilização de onde estamos até o final do ano", avalia.
Em relação ao uso da capacidade instalada, o nível médio de utilização em julho com ajuste sazonal avançou 0,2 ponto porcentual ante junho, para 75,6%. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) em julho de 2017 estava em 75,5% na medida com ajuste sazonal.
Sensor
A pesquisa Sensor, que tenta antecipar o resultado do mês corrente, fechou em 52,0 pontos em agosto, na série ajustada sazonalmente, com queda de 1,7 ponto ante o resultado de julho, representando o décimo terceiro mês consecutivo acima dos 50 pontos. A Fiesp/Ciesp aponta que leituras acima do patamar de 50 pontos indicam a expectativa de aumento da atividade industrial no mês.
Entre os indicadores que compõem o Sensor, a variável de vendas perdeu 7,1 pontos em agosto, para 54,2 pontos. O indicador de estoques recuou 4,1 pontos, para 46,9 pontos e indicando estoques acima do nível desejado. Ao mesmo tempo, o indicador de emprego avançou de 50,3 pontos em julho para 51,9 pontos em agosto.