Alta do PIB de 2018 passa de 1,49% para 1,47%, mostra Focus
A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou de 1,49% para 1,47%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 1,50%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50%, igual ao visto quatro semanas atrás.
No fim de julho, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%. A instituição atribuiu a mudança na estimativa à frustração com a economia no início do ano. Em 20 de julho, o Ministério do Planejamento também atualizou sua projeção, de 2,5% para 1,6%.
Há duas semanas, foi a vez de o Banco Central informar que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 3,29% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. No acumulado do segundo trimestre, o indicador recuou 0,99%, impactado pela greve dos caminhoneiros.
No relatório Focus de hoje, a projeção para a produção industrial de 2018 foi de alta de 2,73% para elevação de 2,61%. Há um mês, estava em 2,91%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,00%, igual ao verificado quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 permaneceu em 54,25%. Há um mês, estava em 54,90%. Para 2019, a expectativa foi de 57,70% para 57,40%, ante os 58,00% de um mês atrás.
Déficit primário
O Relatório de Mercado Focus trouxe mudança na projeção para a área fiscal em 2018. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano passou de 2,05% para 2,10%. No caso do próximo ano, permaneceu em 1,50%. Há um mês, os porcentuais estavam em 2,05% e 1,50%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2018 foi de 7,40% para 7,50%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2019, passou de 6,85% para 6,90%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,40% e 6,90%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Desde o início de julho, as projeções do mercado para o déficit primário e o déficit nominal são publicadas no Focus.