Agenda comercial do Brasil está em linha com a da OCDE, diz ministro
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Jorge, disse nesta segunda-feira, 6, que, internamente, a pasta está revisando o seu estoque regulatório por meio da Secretaria Executiva da Câmara de Comercio Exterior (Camex). De acordo com ele, a primeira agenda regulatória é um instrumento inédito de planejamento que visa a auxiliar a verificação e organização de temas que serão acompanhados pela Camex até o fim de 2019.
"A agenda reguladora comercial do Brasil está em linha com as recomendações da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e tem como objetivo promover a transparência e a previsibilidade do comércio exterior brasileiro", disse o ministro em palestra que fez durante almoço-palestra promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo.
O ministro fez uma avaliação do desempenho do comércio exterior do Brasil no período de sete meses compreendido de janeiro a julho e reiterou o crescimento próximo de 13% da corrente de comércio brasileira. "Apesar do acirramento das tensões mundo a fora, vejo que o comércio exterior permanece dinâmico e com grandes oportunidades. Por isso temos trabalhado com determinação para integrar ainda mais o Brasil no mundo", disse Marcos Jorge.
O ministro disse que o aumento das exportações é fundamental para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável de todos os elos da economia. Ele destacou o aumento dos embarques no ano passado como peça fundamental para o crescimento do PIB.
"Nossas vendas externas cresceram 18,5%, com destaque para aumento das exportações de produtos manufaturados, como automóveis de passageiros, de carga, máquinas e equipamentos, aço e calçados. Ressalto que para cada US$ 1,5 bilhão em manufaturados exportados há o envolvimento de até 50 mil postos de trabalho", disse o ministro.
Marcos Jorge também lembrou que as importações tiveram o primeiro crescimento após três anos, caracterizadas com "um perfil saudável de aquisição de bens intermediários e insumos industriais e agrícola". "Isso demonstra que a economia brasileira se preparava para produzir mais e retomar a sua atividade", afirmou.