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Economia

Acordo do Nafta entre EUA e México alivia tensão sobre guerra comercial

Estadão Conteudo

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Os Estados Unidos e o México chegaram a um acordo comercial na renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta, na sigla em inglês). Apesar de não significar a resolução por completo do impasse que já leva um ano, o anúncio foi considerado o maior avanço em comércio externo durante a gestão do presidente Donald Trump, que tem encampado uma guerra comercial com outras nações, como a China. No último ano, Trump chegou a ameaçar a ruptura do acordo que envolve EUA, México e Canadá e classificou o Nafta como uma catástrofe.

A renegociação do acordo, que foi uma das principais promessas de campanha de Trump, levou alívio ao mercado internacional, com impacto no Brasil. A Bolsa de São Paulo seguiu o exterior e fechou em alta na segunda-feira, 27. O dólar registrou queda em relação ao real e terminou cotado em R$ 4,08.

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"Estávamos com tanto receio de que a política de Trump devastasse diversas economias do mundo que evitar isso é algo a ser celebrado', diz o professor da Universidade de Harvard Jeffrey Frankel. Segundo ele, o anúncio de segunda aponta para a sobrevivência do Nafta, o que é interpretado de forma positiva por economistas já que sinaliza a continuidade de uma política comercial de décadas.

A versão preliminar anunciada na segunda não inclui os canadenses, que devem se sentar à mesa com os americanos ainda nesta semana. Em vigor desde 1994, o Nafta é um acordo de livre-circulação de mercadorias e serviços entre os três países da América do Norte, que movimentaram mais de US$ 1 trilhão no ano passado.

O acordo anunciado nessa segunda eleva de 62,5% para 75% a parcela de conteúdo local na produção de automóveis. O objetivo é garantir que um maior número de veículos seja fabricado na região, com mais consumo de aço produzido localmente.

Brasil

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Representantes do governo brasileiro acreditam que essa mudança poderia acabar respingando nas exportações brasileiras de insumos, como o aço para o setor automobilístico. A análise, no entanto, é que o impacto não será significativo porque as cadeias produtivas do México e dos EUA já são bastante concentradas e já existem preferências tarifárias e regras de integração produtiva no tratado em vigor hoje.

Para Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, o impacto no mercado brasileiro deve ser "mediano", atingindo algumas empresas de autopeças e aço. "Para a exportação total do País, o impacto pode não ser grande, mas algumas empresas que exportam poucas peças devem sofrer mais, com a substituição por fornecedores mexicanos ou americanos."

Nos primeiros sete meses do ano, o Brasil vendeu US$ 1,25 bilhão de autopeças para os mercados americano e mexicano, mais de 20% de aumento na comparação com igual período de 2017. EUA e México são o segundo e terceiro principais mercados de exportações brasileiras desse produto. (COLABOROU LUCIANA DYNIEWICZ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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